Neuza Borges protagoniza cenas de muita tietagem com Roberto Carlos

Por - 11/05/06 às 18:39

Nem só de anônimo foi feita a platéia de tietes de Roberto Carlos que se acotovelou dentro da Livraria Letras e Expressões, quando o Rei prestigiou a noite de autógrafos do livro Somos Uma Soma de Pessoas, do radialista e jurado de tevê José Messias, na quarta-feira, 10. Neuza Borges, por exemplo, fez questão de demonstrar o quanto é fã do cantor e compositor e não mediu esforços para ganhar um beijo dele.

“Pelo amor de Deus, eu sou uma senhora que está espremida na multidão. Roberto, Agnaldo Timóteo – que estava posicionado atrás do Rei – me puxem daqui”, gritava Neuza Borges, entre fotógrafos e repórteres que tentavam ouvir a conversa estabelecida entre Roberto, Messias e Erasmo Carlos. Com insistência, a atriz conseguiu chegar até o Rei.

Nos 20 minutos em que esteve na Letras e Expressões do Leblon, zona sul do Rio, Roberto provocou várias cenas de tietagem explícita. Uma fã, de nome Cleide Estefânia, com uma maquininha de fotografar em punho, teve a mesma sorte de Neuza Borges.

“Ganhei um beijo do Roberto na hora que ele estava entrando na livraria. Tem coisa melhor que isso?”, conta a fã para inveja de outras (e outros) tietes do Rei.

Se Neuza Borges teve dificuldade para chegar à mesa onde Messias autografava seu livro, para estar próxima de Roberto Carlos, uma senhora de cabelos brancos, também enfrentou o tumulto, mas no sentido contrário. Ela pegava seu autógrafo quando o Rei e Erasmo Carlos abraçaram José Messias e ao tentar sair da confusão, quase levou um tombo, uma vez que a livraria tem vários degraus.

“Se eu cair em cima do Roberto não tem problema. Ruim vai ser se me estatelar no chão”, diz, com bom humor, a fã.

 Enquanto os flashes dos profissionais espoucavam, disputando espaço com maquinas amadoras e com quem fotografava com celulares, um senhor de aproximadamente 60 anos, soltava a voz dentro da Letras e Expressões. Ele comentou que era a primeira vez que via seu ídolo de perto e para comprovar que acompanha Roberto desde a época da Jovem Guarda, entoava antigos e atuais sucessos do Rei.

O Livro

Na contra-capa do livro Somos Uma Soma De Pessoas, publicado pela editora Kades, o autor José Messias, sintetiza a obra da seguinte maneira:

“Fiz uma sinfônica de amigos. Sou um arranjador de harmonias. Muitas vezes meu ritmo foi quebrado e os meus instrumentos foram desafinados, por adversidades adversárias, mas minha banda nunca parou de tocar. Reagi, improvisei, acordei muitos acordes. Quando errei, retornei ao meu concerto vital. Só não erra quem não tenta. Tentei…Valeu! No máximo, não sou o mínimo. Deus é o meu Maestro”. 

Aos 78 anos esse mineiro de Bom Jardim reuniu sua trajetória em Somos Uma Soma de Pessoas, desde os tempos de glória da Rádio Nacional, reproduzindo uma reportagem da antiga Revista do Rádio, na qual explicava o motivo de ter trocado Marlene, por outro mito radiofônico: a rival Emilinha. Mas a sua relação com Roberto Carlos é destaque desde a primeira página. O livro abre com uma foto do Rei, ainda jovem, dando um beijo em Elizeth Cardoso e sendo observado por José Messias, que, na legenda se rotula como o bobo da corte. A seguir, um bilhete manuscrito de Roberto, falando da amizade que une os dois há mais de quatro décadas. Abaixo do bilhete, um texto-legenda, na qual Messias revela o quanto é grato a Roberto.

“Eu queria que Roberto fosse meu filho. Ele me chama de irmão. Roberto é uma referência dos anos 60, uma década que não deveria ter acabado. O melhor século de minha vida”.     

 


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