Neymar: MP da Espanha retira acusações e pede absolvição do jogador
Por Redação - 28/10/22 às 11:42
O Ministério Público da Espanha retirou nesta sexta-feira, 28 de outubro, as acusações que havia formulado contra o jogador Neymar, seus pais e dirigentes do Santos e Barcelona e pediu a absolvição de todos do caso. As informações são do GE.
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De acordo com a publicação, por supostas irregularidades na transferência do atleta do Santos para o Barcelona, em 2013, a promotoria havia pedido uma pena de cinco anos de prisão para o jogador, além de multas milionárias para os demais envolvidos no caso.
A promotoria afirma que não há provas suficientes para comprar os supostos crimes. “Não há provas, nem indícios, só suposições. Pode ser que tenham sido violados o Código Civil do Brasil ou regulamentos da Fifa, mas não o Código Penal da Espanha”, disse o promotor responsável pelo caso.
O desfecho, porém, não muda as acusações formuladas pela empresa brasileira DIS, que era dona de 40% dos direitos econômicos de Neymar na época e argumenta ter sido lesada na negociação.
Na próxima segunda-feira, 31 de outubro, último dia previsto para o julgamento, deve sair a sentença dos juízes sobre as acusações formuladas pela DIS.
ENTENDA PORQUE O CASO FOI JULGADO NA ESPANHA
Na época em que foi para o Barcelona, os direitos econômicos de Neymar foram vendidos por 17,1 milhões de euros, segundo anúncio feito em maio de 2013. A empresa DIS era dona de 40% dos direitos econômicos do atleta e recebeu 6,84 milhões de euros.
No entanto, em um desencontro de informações, o Barcelona chegou a divulgar que a transação custou 57 milhões de euros aos cofres do clube. Neste caso, a diferença de quase 40 milhões de euros foi paga à empresa N&N (dos pais de Neymar Jr., Neymar e Nadine). Foi aí que a batalha judicial começou, mas não parou por aí.
Com a investigação tendo início, descobriu-se que a transação poderia ter chegado ao valor de R$ 86,2 milhões, onde estavam embutidos pagamentos por amistosos entre Barcelona e Santos, acordos entre o Barcelona e a Fundação Instituto Neymar Jr, direitos de imagem, luvas para Neymar, direito de preferência por jovens atletas da base santista e comissões para agentes.
A DIS, por meio de sua defesa, acredita que foi traída e que foram feitas manobras para reduzir o valor da venda. Se a negociação entre os dois clubes fosse 86,2 milhões de euros, a empresa teria faturado 34,5 milhões de euros e não 6,84 milhões, como aconteceu.
“Neymar Júnior, com a conivência de seus pais e do FC Barcelona, e seus dirigentes no momento, e do Santos FC (…) fraudou os legítimos interesses econômicos do DIS. Os direitos de Neymar não foram vendidos a quem apresentou maior oferta. Neymar, seus pais e os dirigentes dos dois clubes traíram a confiança dos irmãos Sonda, que investiram no jogador”, informou Paulo Nasser, advogado da empresa.
O principal imbróglio é que a acusação alega um termo chamado de “corrupção privada”, que só passou a existir na Código Penal da Espanha em 2014 e que sequer consta no código penal do Brasil. É nisso que a defesa de Neymar trabalha para inocentar o atleta.
Por se achar “duplamente” prejudicada, já que não teria recebido o valor correto na negociação e não teve o contrato de exclusividade que foi assinado por Neymar e Barcelona, a defesa da DIS pede restituição dos 35 milhões de euros que calcula ter perdido. Em outra acusação, pede a prisão do jogador e dos dois ex-presidentes do Barcelona, sem falar em multas milionárias.
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