Nívea Maria diz que meio competitivo dificulta a construção da carreira
Por Redação - 01/02/13 às 08:34
Muitos autores de novelas são adeptos das chamadas panelinhas. Ou seja, sempre acabam escalando para seus folhetins um mesmo grupo de atores. Nívea Maria, que atualmente interpreta a Isaurinha de Salve Jorge, já participou de outras quatro produções de Gloria Perez: Explode Coração, em 1995; O Clone, em 2001; América, em 2005 e Caminho das Índias, em 2009.
"Em cada novela dela eu tive papéis interessantíssimos. E da Gloria a gente só pode esperar muita humanidade nos personagens", acredita.
Na trama das nove, a personagem de Nívea é uma mulher que perde toda sua fortuna em função das apostas descontroladas de seu marido na bolsa de valores. E, para conservar certos luxos, mente para sua família sobre seus objetos de valor. Diz, por exemplo, que só usa bijuterias, quando na verdade ainda tem em casa algumas joias.
Apesar de não ser um papel de destaque, Isaurinha guarda um dos segredos de Salve Jorge. Seu filho Celso, vivido por Caco Ciocler, é fruto de um caso com o falecido marido de Leonor, personagem de Nicette Bruno, logo um dos herdeiros da fortuna da milionária.
"Esse passado dela vai causar um conflito enorme com a família da Leonor, a pessoa que mais ajuda Isaurinha financeiramente", adianta ela, na entrevista a seguir:
O Fuxico: Ao longo da sua trajetória como atriz, você já participou de mais de 60 produções na televisão, enquanto no teatro seus trabalhos se resumem a apenas oito peças. É uma preferência sua?
Nívea Maria: Na verdade, comecei a fazer teatro muito tarde por falta de convite e não por falta de vontade. Mas tive boas experiências, como quando fui dirigida por Bibi Ferreira na peça Na Sauna, onde eu ficava completamente nua no palco. Na época, foi bem polêmico porque eu era marcada por papéis de heroínas românticas. Entretanto, não investi mais no teatro porque a televisão me absorveu muito.
OF: Construir uma carreira como atriz é muito difícil por ser um meio altamente competitivo. Mas você já está há quase 50 anos na televisão, sem grandes intervalos entre um trabalho e outro. Como analisa sua trajetória?
NM: Eu sempre tive muita perseverança e paciência, além de muito respeito com o público. Sempre que estou me preparando para um trabalho, lembro que vou ter pessoas da cidade grande de classe média assistindo, mas também pessoas do interior sem muito dinheiro ou informação. E eu tenho de alcançar esses dois universos com a mesma sensibilidade. Hoje, por exemplo, acho mais difícil construir uma carreira duradoura na televisão.
OF: Por quê?
NM: Porque os jovens que começam como atores se diversificam muito, trabalham como modelos, fazem cursos no exterior, entre outras coisas. E eles acabam não dando continuidade à carreira. Se você não estiver sempre atuando na televisão, o público esquece quem você é.
OF: Já teve algum momento em que pensou em parar de atuar e se dedicar a outra atividade?
NM: Sim. Quando fiz 50 anos, me deu um desânimo porque eu estava me repetindo nos personagens. Na época, estava interpretando muitos papéis de mãe. Então, já não sabia mais de onde tirar inspiração. Foi quando abri meu restaurante aqui no Rio de Janeiro, o Dois em Cena. Mas apareceu A Casa das Sete Mulheres na minha vida, que me fez recuperar o prazer pela atuação.
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