Nívea Maria e Elisabeth Savalla ganham biografias
Por Redação - 25/04/06 às 18:34
A biografia de Nívea Maria já está praticamente pronta e a de Elisabeth Savalla, ainda está na fase das entrevistas.
Além de as duas estrelas terem suas vidas publicadas dentro da Coleção Aplauso, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, existe uma outra coincidência: as biografias são de autoria de Mauro Alencar, doutor em Teledramaturgia pela USP e consultor e pesquisador da Globo. Nas duas empreitadas, Mauro está contando com o apoio da jornalista Eliana Pace.
O livro de Nívea já tem até nome definido: Nívea Maria – Uma Atriz Real. “Eu tinha tudo sobre o trabalho de televisão das duas. Mas, foram precisos uns quatro ou cinco encontros com a Nívea. Certamente, isso vai se repetir com a Elisabeth, porque ainda estamos na fase das rodadas de entrevistas, para ambas falarem da vida pessoal delas, pois a Coleção Aplauso é um trabalho personalizado do ator. A quem se incumbe de pesquisar, entrevistar e escrever, cabe apenas dar uma linguagem literária à obra”, conta Mauro Alencar.
Autor do livro A Hollywood Brasileira – Panorama da Telenovela no Brasil, Mauro fala da importância de Nívea Maria e Elisabeth Savalla dentro da teledramaturgia brasileira.
“É muito importante retratar a história dessas duas atrizes, que tiveram desempenhos fundamentais na formação da novela brasileira. A Nívea, desde a década de 1960, porque foi estrela da Tupi e da Excelsior e atuou muito com Sérgio Cardoso, por exemplo. O livro fala muito do encontro desses dois atores".
"Elisabeth é fundamental na teledramaturgia, a partir dos anos 1970. Tudo é escrito na primeira pessoa e com muita ilustração”, explica Mauro Alencar, que prefere não revelar maiores detalhes, para não quebrar a surpresa no momento dos lançamentos, que ainda não têm datas definidas.
Outro projeto
Mauro Alencar está envolvido também com um outro projeto que, segundo o pesquisador, vai trazer revelações importantes ao leitor. Trata-se de um livro sobre a extinta TV Paulista que, nos anos 1960, se tornou a TV Globo de São Paulo.
“O convite partiu do Rubem Edwald Filho e vai ser muito interessante passar a história da TV Paulista para o papel. Ela foi a segunda emissora a entrar no ar em São Paulo, apenas dois anos depois da TV Tupi, a pioneira no Brasil, que data de 1950. E a terceira do Brasil, porque em 1951 aconteceu a inauguração da TV Tupi do Rio de Janeiro".
"Um dos detalhes importantes sobre a emissora, que depois viria a ser a Globo, é sua influência na formação da telenovela, como conhecemos hoje. Na época, só a Tupi fazia novelas. Mas, a Paulista tinha teleteatros que eram feitos dentro de um formato, enfim, de características que viriam a ser adotadas pela telenovela".
"Já conversei com a Heloísa Mafalda e o Miele, que atuavam nesses teleteatros e estão na minha lista de entrevistados, para abordar esse aspecto, o Osmar Prado e o Dennis Carvalho, que também trabalharam como atores na Paulista”, adianta Mauro Alencar, sobre seu levantamento completo da emissora das Organizações Victor Costa (no ar entre 1952 e 1964) que gerou a Rede Globo de Televisão.
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