Nizo Neto estreia dois quadros no novo formato do Zorra Total

Para muitos atores, o humor é mais difícil que o drama. Aprender a fazer o público rir é para poucos. Mas, para Nizo Neto, a comédia sempre falou mais alto.

"É bem complicado. Mas eu já nasci nesse ambiente de humor, então, para mim é uma coisa muito mais orgânica", afirma o ator e dublador, filho do humorista Chico Anysio.

Nizo, que já fez diversos personagens no Zorra Total desde 2008, acaba de estrear dois novos quadros no programa da noite de sábado. No primeiro, o ator dá voz a um coelho e, no outro, a um orangotango.

"São dois trabalhos com voz, está sendo bem bacana. Os personagens são bem caprichados", garante.

O coelho Cartolino faz parte de um quadro com Gabriel Louchard.

"É o clássico do mágico querendo tirar o coelho da cartola e o coelho atrapalha o show", conta.

Cartolino ainda será apaixonado por Lady Kate, personagem de Katiuscia Canoro. Tudo se passa no Kate's Kabaret, o cabaré que dá o tom do novo formato do programa.

"Ficou muito legal o trabalho da computação gráfica. Ele é bem bonitinho, fizeram um personagem carismático", elogia.

Na produção do quadro, Nizo grava as falas do personagem para que os animadores produzam tendo como base o vídeo com os outros atores e também a sua voz.

"É o processo clássico de animação. Não é uma dublagem porque não é só botar a voz em cima", explica.

Já o orangotango contracena com Eri Johnson. Nesse caso, não é uma animação, mas sim um boneco controlado eletronicamente, produzido pelo cartunista e escultor Ique, em parceria com o grupo Cem Modos, que foi responsável pela produção dos personagens de TV Colosso.

"Enquanto eu gravo a voz, fica o manipulador do meu lado. É mais próximo da dublagem, mas fazemos ao vivo. Fica um tentando acompanhar o outro", relata.

Nizo, que também está em cartaz no teatro com a peça Vem Transar com A Gente, já dublou diversos filmes, como o sucesso Up – Altas Aventuras, de 2009, em que faz o cachorro Dug.

"A dublagem é um trabalho de ator com um lado bem técnico. É uma coisa mais fria do que a atuação, já que você grava sozinho em um estúdio, olhando o vídeo", compara.

Perfil:

Nome: Francisco Anízio de Oliveira Paula Neto.

Nascimento:  27 de abril de 1964, no Rio de Janeiro.

Na tevê: Séries de assassinato, esses documentários sobre serial killers.

Ao que não assiste na tevê: Reality shows de confinamento. Acho chato.

Nas horas livres: Sou pai. Não só nas horas livres, mas tenho três filhos, então dá bastante trabalho.

Livro: Estou lendo agora Cinquenta Tons de Cinza, de E. L. James. É bem interessante, bastante ousado.

Prato predileto: Frango à parmeggiana.

Pior presente: Uma caixa de lenços finos.

O melhor do guarda-roupa: Tênis. Gosto muito de All Star, que é prático, combina com tudo.

Mulher bonita: A minha, referindo-se à esposa, Tatiana Presser.

Homem bonito: Meu filho Rian, de 22 anos.

Cantor: Michael Jackson.

Cantora: Celine Dion. Sou muito cafona, não é?

Ator: Anthony Hopkins.

Atriz: Meryl Streep.

Animal de estimação: Uma gata, chamada Mannoni

Escritor: Stephen King. 

Arma de sedução: Humor.

Melhor viagem: Uma para Búzios, com a minha mulher. Ela sabe qual é.

Sinônimo de elegância: Meu pai. Um cara muito elegante.

Gula: Brigadeiro. É que nem pizza, não tem quem não goste.

Inveja: Um pouquinho é bom, aquela inveja branca. Mas é um sentimento perigoso.

Ira: Eurico Miranda. Não sei por que, me veio esse nome imediatamente na cabeça.

Luxúria: Vem Transar com A Gente, minha peça que está em cartaz, citando o espetáculo criado junto de sua esposa, que é psicóloga especializada em sexualidade, baseado em um workshop apresentado por ela.

Cobiça: Ganhar na Mega Sena.

Preguiça: É coisa ruim.

Vaidade: Malhar.

Mania: Ficar mexendo na capinha do celular enquanto me entrevistam.

Filosofia de vida: Uma coisa importante para quem se propõe a atuar, que aprendi com meu pai, é: representar é a arte de não representar.

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