No elenco de Babilônia, Marcos Pasquim gosta de discussões sobre homossexualidade

Marcos Pasquim está gostando do debate que a sociedade civil está criando em torno do casal de lésbicas Teresa e Estela, em Babilônia, pois seu personagem na novela, o instrutor Carlos Alberto, também viverá um romance com outro homem.

Questionado pelo portal UOL o que ele pensava sobre toda a polêmica em torno desse tema da sexualidade, o ator se mostrou muito animado: "Estou adorando isso tudo. Achei a atitude dos autores de colocar um beijo da Fernanda e da Nathalia no primeiro capítulo sensacional. Não fico preocupado, em absoluto, a novela mostra o que está acontecendo no mundo, é um reflexo da sociedade. Os casais mudaram, a família tradicional não é mais a maioria. O papel da televisão é mostrar isso, e essa parcela mais ortodoxa da sociedade tem que olhar com mais carinho. Tomara que dê certo, espero que me vejam com a mente aberta", contou.

Apesar de torcer para que as pessoas entendam a mensagem que os autores querem passar, Pasquim sabe que seu personagem, assim como o de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, corre o risco de sofrer ainda mais preconceito. "Estamos no século 21 e ainda tem gente racista, por exemplo. A gente não vai conseguir unanimidade. Mas acho que estamos caminhando a passos largos para a aceitação. Estou saindo da minha zona de conforto, e isso é maravilhoso pra mim como ator. Que bacana fazer algo que nunca fiz, com essa trajetória completamente oposta", explica o ator, que interpreta um ex-competidor, pai de um filho e que se vê apaixonado por um professor de slackline.

Para interpretar esse personagem, um tanto quanto diferente de todos o que ele já fez até hoje nas paródias de Carlos Lombardi, Pasquim afirma que precisou estudar muito o universo gay para entender como vivem e como reagem as pessoas que estão na pele de Carlos Alberto. "Não é o meu universo, então achei legal descobrir como essas pessoas veem o mundo. Eles falam: 'Nasci desse jeito'. Eles sempre se viram dessa forma e se privaram. Quando tiveram oportunidade, através de terapia, de conversas, sentiram-se livres para quebrarem esse tabu dentro da cabeça deles. Porque a pessoa dentro do armário cria um tabu na própria cabeça. Quando quebra, consegue ser feliz", finalizou.

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