O peixe morre pela boca: Famosos falam demais nas lives

O clima despretensioso das lives nesta quarentena anda encorajando muitos famosos a abrir a boca em demasiado. Igual ao velho ditado “o peixe morre pela boca”, muitos acabam falando demais e depois se arrependem do que disseram. Mas, em tempos do mundo digitalizado e globalizado, “o que caiu na rede é peixe”, para utilizar outro ditado bastante conhecido.

Há quem não se arrependa do que disse, mas também existe aqueles que vêm a público para se justificar, desmentir ou até mesmo pedir perdão por palavras ditas nas lives.

Que o diga a sertaneja Marilia Mendonça. A cantora mais ouvida do país resolveu 'brincar' com um colega de equipe, insinuando de forma debochada que o mesmo teria se relacionado com uma mulher trans, como se isso fosse um demérito para a pessoa. Não deu outra. A artista foi acusada de transfobia nas redes e precisou pedir desculpas e deixar bem claro que havia aprendido a lição.

A situação acabou servindo de aula didática para mostrar como as pessoas trans ainda sofrem preconceito no Brasil, país que mais mata LGBTQIA+ no mundo, ao ponto de qualquer pessoa que se relacione com elas virar piada pública. Pelo jeito, não só Marilia como boa parte da sociedade foi levada à reflexão por conta do episódio.

Aliás, no mundo sertanejo as lives andaram tão polêmicas que muitas marcas estão desistindo de patrocinar futuras cantorias. Gusttavo Lima foi acusado de beber um pouco demais durante os shows. Bruno e Marrone se estranharam durante uma live, deixando os fãs boquiabertos com a indisposição.

Eduardo Costa causou na live Cabaré, com Leonardo, ao comentar que Thaeme havia sido mãe… Os comentários na internet foram de assombro e até Leonardo falou: “Gente do céu”.

Há ainda celebridades que descobriram as lives, impulsionaram seus seguidores com elas e marcaram entrevistas a torto e a direito com suas velhas agendas de contato. Como a intimidade sobra, transbordam também confissões de fatos do passado, muitas vezes não lembrados nem pelos próprios protagonistas.

Inconfidências noturnas

A atriz Maria Zilda Bethlem é uma que caiu na boca do povo e passou a ser temida por famosos devido às suas inconfidências, inclusive insinuando, indelicadamente, fatos sobre sexualidade dos colegas. Em uma de suas lives com uma velha amiga, a atriz e cantora Sandra Pêra, ex-Frenética e irmã de Marilia Pêra, revelou que tomava Mandrix, um medicamento psicótico muito usado pela juventude psicodélica dos anos 1970, e que saía ‘doidona’ dirigindo por Copacabana, em companhia do ator Ney Latorraca, em busca de sorvete para tomar. Ela revelou que, que por muito pouco, não foram presos em plena ditadura militar.

Há também quem vá para as lives revelar intimidades que pertencem à cama do casal. Quem fez isso outro dia foi Mateus Solano. Ele contou que “brochou” em uma tentativa de sexo com a mulher, a também atriz Paula Braun. E que não sabia lidar direito com isso, pela cultura machista e patriarcal insistir que o homem nunca pode falhar.

“A gente tem que lidar com o assunto de maneira mais natural, mas, ao mesmo tempo, diz respeito somente ao casal”, pontuou na live com a educadora sexual Tatiana Presser, mesmo tendo tocado ele mesmo espontaneamente no assunto.

Coisas do passado

Há ainda casos em que o famoso se comporta igual a um outro velho ditado e “cospe no prato em que comeu”. Quem fez isso recentemente foi o galã Marcos Pigossi, que falou mal da novela Fina Estampa, de Aguinaldo Silva.

O moço, no que Silva considerou um arroubo de ‘censura’, e chegou a propor que o folhetim deveria ser proibido de ser reprisado pela Globo. “Essa novela tinha que ser proibida de ser reprisada. Era tanta barbaridade! É uma loucura passar essa novela na TV”, dissertou.

E ainda falou que se arrependia do papel que lhe deu fama. “Eu tenho vergonha de algumas coisas que são faladas na novela, de como são tratadas, tenho vergonha da minha atuação, das minhas mechas loiras… mas faz parte”, pontou o moço em live com o colega João Vicente de Castro. Aguinaldo Silva ficou ofendidíssimo.

E rebateu. “Eu que vivi os tempos da censura, achando que finalmente era proibido proibir”.

Pelo jeito para essas e tantas outras histórias, vale a máxima de um outro velho dito popular: “Quem fala o que quer ouve o que não quer”. 

Quem são os famosos que furaram o manual de conduta das lives?

Os famosos que foram alvo de críticas da comunidade LGBTQIA+