Organização do Grammy é acusada de corrupção e assédio sexual

Por - 23/01/20 às 17:00

Divulgação

Em 2019, Deborah Dugan foi eleita a primeira mulher presidente da Recording Academy, instituição responsável pelo Grammy.

Porém, ela foi demitida do cargo cinco meses após ter assumido, sob alegações de má conduta.

A cerimônia da 62ª edição do Grammy acontece no próximo domingo (26), e Deborah está processando a organização por assédio sexual, corrupção, entre outros motivos.

Segundo a moça, o seu afastamento foi ordenado apenas três semanas após ela ter enviado um email para o diretor-geral de recursos humanos da Academia.

No processo, Deborah Dugan alega acusações contra uma "liderança historicamente dominada por homens".

Além disso, ela comenta sobre "conflitos de interesse flagrantes, negociação indevida por parte dos membros do Conselho e irregularidades na votação em relação às indicações ao Grammy Awards, tudo isso possibilitado pela mentalidade do 'clube dos meninos' e pela abordagem de governança na Academia".

Acusações de assédio e abuso sexual

No processo, Deborah também acusa os membros da organização de abuso e assédio sexual.

A primeira alegação é contra o conselheiro geral da instituição, Joel Katz. De acordo com o texto, eles teriam participado de um jantar de negócios em maio de 2019.

Na coasião, o advogado disse repetidas vezes que Deborah era "linda", sugerindo que ele é "muito, muito rico" e que, juntos, eles poderiam dividir "viagens para suas muitas casas", antes de tentar beijá-la.

Outra acusação é contra Neil Portnow, antigo CEO da entidade, por parte de uma artista estrangeira e membro da Academia cujo nome não é revelado.

"Um psiquiatra confirmou que a relação sexual entre a artista e o sr. Portnow provavelmente não foi consensual", diz no processo.

Corrupção nos votos

Em uma das partes do processo, Deborah afirma que existem inúmeros conflitos de interesse e compras de votos para as indicações  e entrega do prêmio.

Segundo ela, existem comitês secretos que decidem quem é indicado ou não, mesmo que a Academia tenha 12 mil membros votantes.

Essas escolhas são feitas por representantes dos artistas e, em casos específicos, pelos próprios nomes que irão concorrer à premiação.

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