Oruam diz ter sido vítima de abuso policial: ‘Insultados, xingados e agredidos’

O cantor Oruam se pronunciou publicamente nesta terça-feira (22) após ter um mandado de prisão expedido pelo Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Em nota enviada ao site OFuxico, o artista deu detalhes sobre uma operação policial realizada durante a madrugada em sua residência, alegando que houve abuso de autoridade, agressões físicas e destruição de seus pertences.

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Denúncia de ação ilegal

Segundo o comunicado, a entrada dos agentes ocorreu sem fardamento, mandado judicial ou justificativa clara. Oruam relatou que mais de 20 viaturas participaram da ação, que teria acontecido por volta da meia-noite. Ele afirma que os policiais apontaram armas para ele, sua noiva e amigos que estavam na casa, e que vasculharam todos os cômodos sem encontrar qualquer item ilegal.

“Durante toda a abordagem, os agentes apontaram armas de fogo, incluindo fuzis, para mim, minha noiva e 5 amigos que estavam presentes na casa. Sabe o que encontraram? Nada! Nada de droga, nada de arma, nada ilegal!”, declarou o rapper.

Reação e tentativa de defesa

O músico admitiu que jogou pedras contra os agentes, justificando o ato como uma reação desesperada diante das ameaças que teria sofrido. Ele também relatou que gravou trechos da ação com o celular na tentativa de documentar as supostas agressões e invasões.

“Começo falando que eu só joguei pedras depois de ser ameaçado com armas de fogo. E tenho provas”, afirmou.

Acusações contra autoridade policial

Oruam também criticou o Secretário Estadual da Polícia Civil, Felipe Curi, que, segundo ele, o acusou de envolvimento com o tráfico de drogas de forma infundada. Para o artista, essas declarações têm motivação preconceituosa.

“A lei tem cor e só vale pra preto, vocês não estão preparados pra pretos no topo”, escreveu, apontando racismo institucional.

Base legal contestada

No encerramento da nota, o cantor cita o artigo 22 da Lei nº 13.869/2019, que define como ilegal o cumprimento de mandados de busca e apreensão fora do período entre 5h e 21h. Oruam defende que a operação violou esse princípio e espera que o caso seja investigado pelas autoridades.

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“É crucial que esse episódio seja apurado com rigor, para que haja responsabilização daqueles que agiram de forma ilegítima”, finalizou.