Oruam tem prisão decretada após confusão com policiais no Rio

A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva do cantor Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, após uma ação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) em sua residência, no bairro do Joá, Zona Oeste da cidade.

Abordagem na casa de Oruam termina em gritaria, pedradas e fuga de menor

Operação tinha como alvo um adolescente

Os agentes da DRE foram até o local após receberem informações sobre um adolescente suspeito de atuar como segurança de um dos líderes do Comando Vermelho. O jovem, segundo a Polícia Civil, também integra a Equipe do Ódio, grupo ligado a roubos organizados. A abordagem ocorreu do lado de fora da casa, onde o rapaz foi colocado em uma viatura, mas conseguiu escapar durante a confusão.

Oruam reagiu à presença da polícia

Durante a ação, o rapper discutiu com os policiais, filmou o delegado Moyses Santana e publicou vídeos em tom de provocação nas redes sociais. Em uma das gravações, ele declarou:

“Tem mais de 20 viaturas na minha casa. O mesmo delegado que me prendeu. Eu estava saindo e colocaram a pistola na minha cara. Claro que ele vai querer prender nós (sic) porque nós é filho de bandido”.

Logo depois, Oruam foi até o Complexo da Penha, de onde desafiou os policiais:

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“Eu quero ver você vir aqui. Me pegar aqui dentro do complexo. Não vai me pegar, sabe por causa de quê? Que vocês peida”, disse ele.

Decisão judicial justifica prisão

O mandado foi expedido pelo Plantão Judiciário. Segundo o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, a medida tem base nos artigos 311 a 313 do Código de Processo Penal e considera a necessidade de preservação da ordem pública e o risco da liberdade do investigado.

A decisão menciona que a prisão se refere aos crimes de “resistência qualificada, desacato, dano, ameaça e lesão corporal”.

Histórico do artista

Oruam é filho de Marcinho VP, líder histórico do Comando Vermelho, preso desde 1996. A relação com o pai já foi abordada pelo cantor em músicas, entrevistas e até no palco. Durante o Lollapalooza de 2023, ele se apresentou com uma camiseta que dizia “Liberdade para Marcinho VP”.

O artista também mantém no corpo uma tatuagem em homenagem a Elias Maluco, condenado pela morte do jornalista Tim Lopes e padrinho do rapper.