Oscar Magrini acredita no taco de Vera Fisher

Por - 31/07/06 às 13:50

Fabio Zanzeri

Apesar de classificar como interessante a montagem de Porcelana Fina, estrelada por Vera Fischer, Oscar Magrini reconhece o risco que a atriz e seus colegas de elenco correm. Afinal, trata-se de uma comédia francesa com um humor que exige total conhecimento da história para se achar graça da peça. Mas ele acredita que o nome de Vera será suficiente para transformar a atual atração das noites de quintas, sextas, sábados e domingos do Teatro Leblon, no Rio, em sucesso.

“É um risco sim, porque é um espetáculo que vem na contramão do que tem dominado o panorama teatral paulista e carioca em termos de comédia, uma vez que a predominância tem sido do besteirol, que é uma comédia de riso imediato. Ainda mais que eles optaram por montar o texto na íntegra e original. É uma peça que incomoda, tanto que vi algumas pessoas indo embora antes do final. A Vera está fazendo um trabalho diferente, sutil e acho que, principalmente no Rio de Janeiro, pelo peso do nome dela, o espetáculo vai ser um sucesso. Tomara”, enfatiza Oscar Magrini, que elogiou também a direção de Antônio Pedro Borges e de Bibi Ferreira – que dirigiu os ensaios na fase em que ele sofreu um infarto e precisou se submeter a um cateterismo e ficar internado.

Porcelana Fina é de autoria de Georges Feydeau, escritor e dramaturgo francês que viveu de 1862 a 1921. É uma comédia no estilo veaudeville, que fez muito sucesso na Europa e,m 1900 e volta a ser forte no período de 1930 a 1945, ou seja entre as duas grandes guerras mundiais.

Nas décadas de 60, 70 e 80 textos de Feydeau foram montados tanto por artistas já consagrados como Fernanda Montenegro, como por grupos considerados cult do teatro paulistano, como foi o caso do Ornitorrinco de Cacá Rosset. A tradução de Porcela Fina é de João Bethencourt, um craque em escrever comédias para o teatro brasileiro.

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