Oscar Pistorius é considerado inocente do assassinato da namorada
Por Redação - 11/09/14 às 13:25
Reviravolta no caso do atleta acusado de matar a namorada, em fevereiro do ano passado. Oscar Pistorius não foi considerado culpado por assassinato, mas segue respondendo por homicídio culposo.
O caso foi suspenso nesta quinta-feira (11) em Pretoria, África do Sul, depois que a juíza Thokozile Masipa concluiu que ele não assassinou Reeva Steenkamp, 29, na sua casa.
Pistorius, 27, ainda enfrenta a acusação de homicídio culposo e, enquanto ainda não há sentença. A pena estipulada para o caso poderá ser desde o pagamento de multa até uma longa prisão, caso ele seja considerado culpado.
Ao falar na corte sobre a acusação de homicídio culposo, a juíza Masipa disse que "ele agiu precipitadamente e usou força excessiva. Nessas circunstâncias, fica claro que sua conduta foi negligente".
Mais cedo, a juíza rejeitou a acusação de assassinato premeditado e de segundo grau.
"No presente caso, o acusado é a única pessoa que pode dizer qual era seu estado mental quando ele disparou os tiros que mataram a vítima. Como o acusado poderia razoavelmente prever que o tiro que ele disparou mataria a vítima? É evidente que ele subjetivamente não previu isso, que poderia ter matado a pessoa atrás da porta, muito menos a vítima", disse a juíza.
A juíza afirmou ainda que ele agiu "ilegalmente", explicando: "Não há dúvida de que quando o acusado disparou os tiros na porta ele agiu ilegalmente".
Durante seu resumo ela também ponderou que "a maioria das testemunhas erraram" e acrescentou: "Seria imprudente confiar em qualquer prova das testemunhas".
Ao invés de confiar na prova de uma testemunha de 37 anos chamada durante o julgamento, a juíza disse à corte que a evidência tecnológica, como as mensagens telefônicas do casal e ligações para a segurança, foram consideradas.
Pistorius – conhecido como Blade Runner – foi visto olhando para baixo e chorando durante parte da leitura e assim que a juíza rejeitou a acusação de assassinato premeditado ele foi visto em soluços.
O atleta sempre disse que era inocente, alegando que não tinha culpa na morte e em outras três acusações, afirmando que atirou acidentalmente na modelo numa atitude de auto-defesa, ao confundí-la com um intruso.
A promotoria anteriormente alegou que Pistorius matou a namorada depois de uma grande discussão.
O chefe da promotoria, Gerrie Nel, disse à juíza Thokozile que o argumento de Pistorius era "desprovido de qualquer verdade" e pediu a condenação por assassinato premeditado.
Em junho, Pistorius foi considerado apto para ser julgado, depois do caso ser suspenso no mês anterior, enquanto ele passava por avaliação médica.
Quatro psiquiatras tiveram de decidir se ele era "capaz de discernir a ilicitude do seu ato" ou "criminalmente responsável" por seu comportamento no momento em que atirou.
Promotoria e defesa aceitaram os resultados e o julgamento foi retomado.
O atleta paralímpico alcançou a fama na África do Sul depois de ganhar medalha de ouro nas Paralimpíadas de Atenas de 2004, nos 200 metros. Ele também ganhou cinco medalhas de ouro nos jogos de Beijing, em 2008, e Londres, 2012.
O julgamento continua na sexta-feira (12).
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