Otávio Müler: “Nunca fui do tipo que fica sentado esperando convites”
Por Redação - 07/07/13 às 10:29
A curiosidade artística de Otávio Müller parece sem fim. Como ator, entre vilões e tipos bonachões, Müller já fez de tudo um pouco na tevê, no teatro e no cinema. Até que resolveu mostrar sua porção diretor em peças como Brincando Em Cima Daquilo, protagonizada por Débora Bloch, e em longas como o ainda não lançado Capitão Gay, baseado no personagem feito por Jô Soares nos anos 1980. Por toda essa inquietação, chega a impressionar a empolgação com que Müller fala das peripécias de Djalma, personagem que interpreta há três anos no seriado global Tapas & Beijos.
"Djalma preza pela cartilha do marido que é mandado pela esposa, mas, mesmo assim, mantém seus devaneios. Sem perder a essência, o personagem sempre me mostra novas possibilidades como ator", analisa Mller, que enxerga no bom desempenho do seriado na audiência – uma das maiores da linha de shows da Globo, em torno de 25 pontos no Ibope –, um reflexo da inspiração do autor, Cláudio Paiva, e do clima dos bastidores.
"Tapas & Beijos é um produto de sucesso pensando para longo prazo. Isso faz com que todo mundo se empenhe em dar o melhor de si", avalia.
Segundo o ator, em 2013, as histórias de Djalma deixaram de ser tão focadas na possessiva e complexa relação do personagem com Flavinha, de Fernanda de Freitas, e passaram a abordar as limitações de Djalma após um infarto, ocorrido no final da temporada passada.
"Com a sade comprometida, Djalma teve de se afastar da loja de noivas. Essa espécie de aposentadoria quase forçada o enlouqueceu. É uma cena mais maluca que a outra", elogia, aos risos.
Acostumado ao ritmo de gravações do seriado, Otávio não nega que, além de se sentir instigado, o esquema de trabalho mais tranquilo é um outro ponto positivo de fazer parte da produção.
"Acho que o meu tipo de atuação e de trabalho é mais próximo do mundo das séries. E até de minisséries. Mas fui muito feliz fazendo novelas. O que importa é estar envolvido em bons projetos", ressalta o ator, cujo ltimo folhetim foi Tempos Modernos, de 2010.
Sempre envolvido em alguma produção desde que estreou na tevê, em Vale Tudo, há exatos 25 anos, Müller relembra com carinho as relações de amizade e profissionais que construiu dentro da Globo. Sobretudo com a dupla responsável por sua primeira aparição no veículo: Gilberto Braga e Dennis Carvalho, com quem ele também trabalhou em O Dono do Mundo, Celebridade, Paraíso Tropical, entre outras.
"A tevê é um lugar de encontros. As coisas vão acontecendo de forma tão natural, que você não se dá conta do tempo. Parece que estreei ontem", destaca o ator, relembrando sua primeira cena na Globo.
"Era uma cena comum, de cotidiano. Cássio Gabus Mendes, Lídia Brondi e Gloria Pires estavam no estúdio. Todos já acostumados com aquele ambiente e eu bem nervoso", assume.
Com o passar do tempo, o nervosismo deu lugar à experiência e à maturidade. Aos 47 anos, o ator carioca exibe com orgulho os fios brancos de seus cabelos e barba, assim como os inmeros projetos que desenvolve paralelamente ao trabalho em Tapas & Beijos.
"Nunca fui do tipo que fica sentado esperando convites. Vou lá e agito minhas ideias, faço delas uma realidade", gaba-se Müller, que até o final deste ano está envolvido com o lançamento dos filmes O Gorila, do qual é protagonista, Alemão e Minutos Atrás, planeja voltar ao teatro e ainda dedica-se a Capitão Gay, sua primeira incursão como diretor no cinema.
"Estou sempre comprometido com muitas coisas ao mesmo tempo. Às vezes, penso que vou enlouquecer. Mas é muito gratificante quando vejo meus projetos prontos", explica.
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