Otávio Müller revela ter déficit de atenção

Por - 24/05/13 às 08:00

Luiza Dantas / Carta Z Noticias

Irrequieto e de fala apressada, Otávio Müller é um "workaholic". A televisão é sua prioridade, mas entre uma gravação e outra de Tapas & Beijos, onde dá vida ao boa praça Djalma, o ator tem vários outros projetos. Por isso, organiza seu tempo para, ainda este ano, voltar a dirigir no teatro e no cinema, além de participar da divulgação de três longas, incluindo O Gorila", do qual é protagonista.

"Já é da minha personalidade desenvolver e lançar várias coisas ao mesmo tempo. Sempre foi assim. E, por enquanto, tudo tem funcionado bem", conta, aos risos.

Satisfeito com o esquema mais leve de gravações de Tapas & Beijos, da Globo, e feliz com as novas nuances de seu personagem na terceira temporada da série, Otávio exibe fôlego e empolgação de iniciante com seu trabalho na tevê. O que muda é a experiência e os cabelos grisalhos, que não estavam presentes na estreia do ator, há exatos 25 anos, como o Sardinha de Vale Tudo.

"Passou rápido né? Lembro que minha primeira cena foi com o Cássio Gabus Mendes, a Lídia Brondi e a Gloria Pires. E, olha que legal, sou amigo dos três até hoje", rememora o ator, que, depois desse personagem, caiu no gosto do autor Gilberto Braga e do diretor Dennis Carvalho, com quem ainda trabalhou em novelas como O Dono do Mundo, Força de Um Desejo, Celebridade e Paraíso Tropical.

"Fiz de tudo um pouco em novelas: personagens pequenos, de destaque, vilão, maluco, viado. Não sou muito de olhar para trás, mas fico feliz em relembrar os papéis que tive", emociona-se, aos risos.

O Fuxico: Com exibição anual, Tapas & Beijos está na terceira temporada e mantém um bom Ibope, acima dos 25 pontos de audiência. Ao longo dos anos, o que você faz para continuar instigado a interpretar o Djalma?

Otávio Müller: Antes de mais nada, o que me estimula a continuar na série é o texto. É preciso ter qualidade, ter variedade e o ator precisa ver que o roteiro ainda exige empenho e oferece outras possibilidades de atuação. Fora isso, outros pontos vão me instigando, como o cotidiano de produção do programa. Se o ambiente fosse ruim, certeza que apenas um contrato não me deixaria tão satisfeito. Nem tudo é perfeito, mas em se tratando de Tapas & Beijos, é possível observar um esforço coletivo para criar um bom ambiente de trabalho.

OF: No final da ltima temporada, ao sofrer um infarto, a trama de Djalma passou por algumas alterações. O que você achou das novas nuances do personagem? 

OM: Eu adorei. Do ponto de vista da atuação, foi muito proveitoso. Já de olho nesta nova temporada, os roteiristas montaram uma trama bem bacana para ele. Pois com a sade comprometida, Djalma teve de se afastar do trabalho. Isso quase o enlouqueceu e criou situações divertidíssimas. Mudou diretamente a relação dele com a Flavinha (Fernanda de Freitas), pois ele começa a fazer cada vez mais coisas escondidas dela, não toma os remédios e se envolve com bebida. Ele não aguenta essa espécie de aposentadoria "forçada".

OM: Em algum momento, você pensou em não participar da atual temporada?

OF: Não. É tudo muito bem conversado na emissora. E, na verdade, Tapas & Beijos é pensado como um produto de longo prazo. A equipe vem do sucesso das primeiras temporadas de A Grande Família e está acostumada a projetos de longa duração. Claro que, se a série não fosse bem na audiência, já teria sido cancelada. Então, Tapas & Beijos tem tudo a favor, inclusive, para uma quarta temporada.

OF: Antes de Tapas & Beijos, você participou de novelas como Vale Tudo, Desejos de Mulher e Celebridade. Sente falta do cotidiano dos folhetins?

OM: Fui muito feliz fazendo novela. E tive encontros bem legais com Dennis Carvalho e Gilberto Braga. Fiz outras tantas coisas sob a direção da Amora Mautner e do Mauro Mendonça Filho. Enfim, tem pessoas que eu gostaria de rever e que estão no setor de novelas. É um trabalho bem árduo, onde é preciso dedicação. Vale o convite, mas admito que meu estilo de vida e de trabalho combina mais com séries e minisséries, coisas mais curtas.

OF: Sua preferência por produções curtas é na intenção de ficar mais disponível para atuar em outros veículos e mostrar sua porção diretor?

OM: Eu sempre consegui fazer um monte de coisas ao mesmo tempo. O fato é que tenho déficit de atenção. Isso nunca atrapalhou minha carreira na tevê, mas eu preciso me envolver com 300 coisas ao mesmo tempo para ficar "ligado" e manter meu foco no trabalho. Às vezes, penso que vou enlouquecer, mas é muito gratificante quando vejo meus projetos prontos. Só esse ano, além de gravar Tapas & Beijos, me preparo para dirigir uma nova peça de teatro, lançarei os longas Alemão, O Gorila e Minutos Atrás. E, por fim, ajusto os primeiros detalhes da adaptação cinematográfica de Capitão Gay, personagem criado pelo Jô Soares, com o Leandro Hassum como protagonista.

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