Özil abandona a Seleção Alemã de Futebol por conta de racismo

Por - 23/07/18 às 13:00

Reprodução/Twitter/Instagram

Na noite do último domingo (22), o jogador alemão de futebol, Mesut Özil, publicou em sua conta no Twitter que abandonou a Seleção Alemã de Futebol por conta do racismo que vem recebendo por parte dos dirigentes da DFB (Federação Alemã de Futebol). 

Em maio, um mês antes da Copa do Mundo da Rússia, Özil, que é filho de imigrantes turcos, posou em uma foto com o Presidente da Turquia, Recep Erdogan, e desde então, o atleta foi alvo de críticas e racismo por parte da imprensa e meio político da Alemanha. Há alguns anos, a relação entre Turquia e o país europeu enfraqueceram por conta de um aumento no autoritarismo na gestão de Recep. 

"É com o coração pesado e após muita consideração que devido aos recentes eventos, eu não vou mais jogar pela Alemanha em nível internacional, já que eu tenho esse sentimento de racismo e desrespeito. Eu costumava vestir a camisa da Alemanha com tanto orgulho e animação, mas agora não mais. Essa decisão foi extremamente difícil para mim porque eu sempre dei tudo por meus colegas, comissão técnica e o bom povo da Alemanha", disse o camisa 10 do Arsenal. 

Em um tom mais duro, Özil continou com as críticas:

"Em 2004, enquanto você (Grindel) era membro do Parlamento (alemão), você reclamou que "o multiculturalismo é na verdade um mito, uma mentira duradoura", enquanto votava contra a legislação favorável às duplas nacionalidades e às punições por subornos, e também disse que a cultura islâmica se tornou muito entranhada em muitas cidades alemãs. Isto é imperdoável e não se pode esquecer."

"Pessoas com histórico de discriminação racial não deveriam ter permissão para trabalhar na maior federação de futebol do mundo, que tem muitos jogadores com famílias com dupla ascendência. Atitudes como as deles simplesmente não refletem os jogadores que supostamente eles representam…"  

"Para mim, ter uma foto com o presidente Erdogan não tem a ver com política ou eleições, mas com o respeito que tenho ao mais alto cargo do país de minha família. Meu trabalho é ser um jogador de futebol e não um político. De fato, nós falamos sobre futebol sempre que nos encontramos, já que ele também era jogador na juventude – diz um trecho do documento. – Eu sei que isso pode ser difícil de entender. Um líder político não pode ser separado da pessoa. Mas neste caso é diferente. Eu faria a foto novamente", completou. 

 

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