Pai de 19 filhos e missionário na África, ex-paquito relembra trabalho com Xuxa

Alexandre Canhoni, também conhecido como Xand, foi uma das grandes estrelas do “Xou da Xuxa”, entre 1982 e 1992, como assistente de palco da Rainha dos Baixinhos. Em entrevista à revista Quem, o ex-paquito, que é pai de 19 filhos adotados e missionário no Níger, na África Ocidental, confessou que quando era mais novo, deixou com que o ego dominasse sua vida.

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“Eu queria aparecer mais que a Xuxa. Eu achava que a Marlene Mattos devia investir mais tempo em mim, porque eu dançava e cantava mais do que ela (Xuxa). Eu cantava ao vivo, porque ela não cantava nada. Aí, me faziam usar playback no palco e isso para quem é músico é o fim. O Michael Sullivan queria me transformar no maior showman do país e eu segui carreira solo”, contou.

Xand contou que antes de entrar para o time de Paquitos, ele já atuava no meio artístico.  “Meus pais me inseriram na publicidade muito cedo. Entrei no mundo da fama porque gostava muito de música e tocar instrumentos. Com 12 anos, já fazia parte de uma banda e aos 16, fui emancipado. Depois, montei um grupo de dança e trabalhei com produção de eventos. Quando entrei na Xuxa, já tinha toda essa bagagem. Ainda jogava bola no Cruzeiro. Era goleiro. Eu era um cara hiperativo”, relembrou.

Alexandre contou a publicação que quando foi convidado para trabalhar com a Xuxa pensou em recusar. “Tinha 17 anos e pintou o convite para trabalhar com a Xuxa. Falei: ‘trabalhar com criança?’. Mas falaram que era para cantar e eu pensei na minha carreira solo. Fui escolhido por Michael Sullivan e Paulo Massadas. Fiz dois filmes: “Lua de Cristal” e “Sonho de Verão”. Em 1992, sai para carreira solo e, em 1994, já estava fazendo uma temporada de shows fora do país”, recordou.

O ex-paquito então contou como se deu a virada para se tornar um missionário. “Estava saindo de um estúdio em São Paulo e ouvi uma música e sai procurando de onde vinha. Entrei em uma galeria e ouvi um som de uma reunião cristã e entrei. As meninas me reconheceram e eu falei: ‘Deus, se for da sua vontade, faça uma transformação na minha vida’. E, desde então, tirei um prédio das minhas costas e vivo assim até hoje. Passei a estudar a bíblia e seguir os ensinamentos de Jesus”, disse ele.

Ainda à revista, Alexandre disse que se arrepende de ter abandonado a carreira musical e de não ter dado uma explicação melhor às fãs após toda essa mudança.  “Me arrependo que não dei uma satisfação para minhas fãs, que queria saber o que aconteceu para essa mudança. Também cheguei a falar coisas que me arrependo e hoje não falaria, por conta da maturidade que adquiri. Na época também eu era muito jovem”, contou.

O trabalho ao lado de Xuxa que durou cerca de 10 anos, deu a Alexandre um certo conforto. “Deu para fazer um pé de meia. Fazia meus shows extras do show da Xuxa. Sem ninguém saber, colocava alguém para fazer os contratos por fora para mim. Tinha um grupo chamado panxitos e panxitas covers dos paquitos e paquitas. Depois monetizei fã-clubes, contratei algumas meninas que já eram fãs e elas faziam contato com os fãs das cidades, vendíamos kits com camiseta do Xand, faixa etc. Quando a chegávamos para cantar com a Xuxa, tinham vários fã-clubes meus também”, entrou ele.

Casado com a escritora e design Giovana, Alexandre contou que cria 19 filhos e 14 netos. “Os meus dons todos estão sendo passados para os meus filhos lá. A filha mais nova tem 19 anos. Estamos indo para a segunda geração de pessoas que pensam em ter um futuro melhor. Meu sonho é fazer com que o Níger saia do último IDH do planeta enquanto eu ainda estiver vivo”, desejou Xand.

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