Pai relembra que Amy surtou com pedido de divórcio. Leia trecho de biografia
Por Redação - 24/07/12 às 20:02
No próximo dia 3 de agosto, chega às livrarias brasileiras uma nova biografia sobre Amy Winehouse. Na última segunda-feira (23), completou um ano em que a cantora britânica foi achada morta em sua casa em Londres devido ao “envenenamento por álcool”, considerado acidental. Ela tinha 27 anos, e seu sangue tinha cinco vezes o limite de álcool permitido para dirigir.
O novo livro foi escrito por seu pai, o ex-taxista Mitch Winehouse. Ele dá a versão da família para a longa batalha de Amy contra a dependência de álcool e drogas. Em sua curta carreira (só gravou dois discos: Frank em 2003 e Back To Black em 2006), ela ficou famosa com hits que fazem referência a uma vida desregrada com seus vícios, como Rehab (Reabilitação) e You Know I’M No Good (Você Sabe que Eu não Presto).
A Editora Record enviou ao O Fuxico um trecho exclusivo da biografia. Nessa parte o pai conta a luta de Amy para se livrar de sua dependência, quando ficou internada em clínica de reabilitação, localizada numa ilha no Caribe chamada Santa Lucia. A experiência foi positiva para a cantora. Medicada e longe dos paparazzi, ela descansou, engordou e parecia feliz. Mas o destino pregou-lhe uma peça: Blake, o grande amor de sua vida, decidira pedir o divórcio.
Leia o trecho da biografia escrita pelo pai da musa do soul.
"Os tabloides não apresentavam aos leitores o quadro complexo da recuperação de Amy. Preferiam repisar suas recaídas. Era difícil para o grande público compreender que de uma forma geral ela estava melhorando. Se eu tive um desejo para 2009, além de saúde e felicidade para Amy e para o resto da família, foi que os jornais a tratassem com mais justiça. Ela também tinha de cumprir sua parte naquilo tudo, e eu estava determinado a ajudá-la a encontrar forças para isso.
O fato de Amy estar gostando tanto de St. Lucia era música para meus ouvidos, e eu queria encorajá-la ao máximo a ficar lá. O único problema era que o Subutex estava acabando. Falei com o dr. Tovey, e ele me deu uma receita. Jevan, que agora estava em Londres, voltou a St. Lucia com o Subutex. Como eu iria ao encontro de Amy dali a quinze dias, falei de novo com o dr. Tovey, e ele me deu outra receita, para que eu pudesse levar o medicamento comigo.
A estada de Amy em St. Lucia não transcorreu sem problemas. No dia 9 de janeiro, Jevan me ligou para dizer que eles teriam de se transferir para outro hotel por causa de queixas contra Amy e suas bebedeiras. Aquilo não demorou a chegar à imprensa, e no domingo seguinte o News of the World publicou uma matéria dizendo que Amy passava a maior parte do tempo bêbada e incomodando os hóspedes do hotel em que estava. Disseram ainda que Amy tinha dormido com o jogador de rúgbi Josh Bowman, que passava férias na ilha. Ela teria supostamente dito: “Josh é melhor do que Blake na cama.” O único ponto bom na história era que Amy estava feliz e livre das drogas.
Por coincidência, Blake me telefonou para dizer que queria decididamente o divórcio, e no dia seguinte nossos advogados receberam os papéis dos advogados dele. Eu não queria que Amy acabasse tomando conhecimento disso através de outra pessoa, então liguei para ela. Como não pareceu ficar muito chateada, dei-lhe uma bronca por causa da bebida, e ela me disse que iria diminuir. Era difícil acreditar no que ela dizia, mas ao menos quando eu estivesse lá nós poderíamos ter uma conversa olho no olho.
Quando cheguei a St. Lucia, não acreditei ao ver como Amy parecia tão bem — estava bronzeada e tinha até ganhado peso. Fazia muito tempo que eu não a via tão feliz, e ela ficou contente em me ver, assim como eu em vê-la. Estava torcendo para passarmos juntos umas férias agradáveis, pai e filha — eu tinha deixado em Londres meu papel de intermediário entre Amy e seus problemas. Gostei de seu look de “moradora da ilha” — top e short —, mas quando fomos jantar naquela noite ouvi alguns muxoxos dos outros hóspedes por causa do seu modo de vestir. Ela não lhes dava a menor atenção. Era sempre simpática e adorava brincar com as pessoas, fazendo-as rir.
O problema era que esperava que todo mundo entrasse na dela. Até aí, nada demais; só que algumas pessoas não gostam dessas coisas. A maioria do pessoal que estava jantando ali naquela noite não se importou com as brincadeiras de Amy, mas tive de ter uma conversa com um homem que foi grosseiro ao se referir a ela."
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