Papel de esotérica em Malhação marca o retorno de Vanessa Lóes à TV

Depois de quatro anos fazendo participações e programas curtos, Vanessa Lóes volta a ter um papel fixo e longo na televisão. Desta vez em "Malhação", da Globo. Na trama, ela interpreta Tizinha, uma esotérica de bem com a vida, que produz e vende bijuterias. Mãe de Morgana, vivida por Cacá Ottoni, ela sempre tenta ajudar financeiramente o pai da menina, o roqueiro e ex-marido Nando, encarnado por Léo Jaime.

" É uma personagem que tem um astral muito bom, que é muito leve. A Tizinha sempre quer purificar os ambientes e ser positiva. É divertido", opina a atriz, que vê um caráter ligeiramente cômico no papel. "Fatalmente, acaba tendo humor. Mas não é nada escrachado", analisa.

Por causa do perfil "riponga" da personagem, Vanessa teve a preocupação de interpretá-la da forma mais verossímil possível e buscou referências em pessoas calmas e alegres do seu próprio círculo de amizades.

"A proposta nunca foi fazer uma personagem caricata e, como a Tizinha é meio bicho grilo, era fácil acabar indo para esse lado. O que felizmente não aconteceu", valoriza.

Antes de "Malhação", Vanessa participou de outras produções infanto-juvenis, como as séries "Geral.com" e "Acampamento de Férias 3", ambas da Globo. Apesar de ter gostado da experiência com atores e público jovens, a atriz não tem preferência por esse tipo de programa.

"Foram oportunidades que apareceram, mas eu não busquei esse perfil ou público. Mesmo porque eram séries bem diferentes. O próprio tom dramatúrgico era outro em cada um", defende.

Além da Globo, Vanessa também passou pela Record, onde atuou em produções como Marcas da Paixão.

 "Estou satisfeita com os meus papéis na tevê. Alguns não foram tão incríveis, mas a maioria eu gostei e foram prazerosos", revela, sem citar personagens.   

O Fuxico: Nos seus 17 anos no ar, "Malhação" sempre teve atores jovens nos papéis principais. Essa particularidade tem algum impacto significativo no trabalho do núcleo adulto?

Vanessa Lóes : É um programa que está focado mais nos adolescentes, então, obviamente, eles gravam mais. O núcleo adulto acaba tendo de ir menos vezes ao Projac. Para mim, pelo menos, tem sido muito tranquilo. Além disso, é uma novela que tem uma leveza muito grande. Muitos atores estão começando e estão empolgados. Por isso, não há egos ou vaidades. Nada que torne o clima do ambiente de trabalho muito pesado. Em uma novela das nove, por exemplo, existe uma competição silenciosa, que em "Malhação" não acontece.     

OF: Em 2006, você assinou um contrato de cinco anos com a Globo. Mas logo depois emendou a gravidez do Gael com a da Cora. Até que ponto você precisou deixar a vida profissional de lado para se dedicar à família?

VL:  As duas áreas foram protagonistas na minha vida em momentos diferentes. Antes de casar, a vida profissional era o mais relevante. Depois, foi a família. E acho que foi importante que tenha sido assim. Era o que eu queria. Participei ativamente dos primeiros anos da vida do Gael, que hoje tem quatro anos, e da Cora, que tem dois. Agora me sinto pronta para voltar a dividir a atenção entre as duas áreas. E não acho que isso vá impactar na vida dos meus filhos. Mas, se mudar alguma coisa, faz parte. A mãe tem que trabalhar.      

OF:  Você começou a carreira na Globo em "Engraçadinha… Seus Amores e Seus Pecados", foi para Record em dois períodos diferentes e agora está há quase seis anos na emissora que a revelou. Qual a razão dessas trocas? 

VL:  Todas as vezes foi porque o contrato com uma emissora acabou e outra me chamou. Sou atriz e quero trabalhar. Também não interessa estar contratada sem ter uma previsão de um novo papel. O que importa é que sempre fiquei feliz em voltar para a Globo. Nenhuma emissora tem uma estrutura igual.