Paul McCartney desabafa e conta que foi John Lennon quem quis separar Beatles
Por Esther Rocha - 11/10/21 às 23:13 - Última Atualização: 12 outubro 2021
O próximo episódio de “This Cultural Life”, programa da BBC Radio 4 que irá ao ar em 23 de outubro, Paul McCartney quebrará o silencio sobre o fim dos Beatles, definido por ele como o momento mais difícil da sua vida.
O baixista da banda mais famosa de todos os tempos disse com todas as letras que foi John Lennon o responsável por encorajar a separação do grupo, em 1970.
A declaração de Paul aconteceu em tom de desabafo após o entrevistador lhe perguntar por que ele decidiu partir para carreira solo.
“Pare já por aí!”, interrompeu o cantor que em seguida detalhou o que realmente aconteceu.
“Oh não, não, não, o John entrou um dia numa sala e disse ‘vou deixar os Beatles’ (…) E ele disse: ‘É bastante emocionante, é um pouco como um divórcio’. E depois deixou-nos a apanhar os cacos”, relembrou.
“Não fui eu que instiguei a separação. Foi o nosso Johnny (…) Esta era a minha banda, este era o meu trabalho, esta era a minha vida, por isso eu queria que continuasse”.
Paul garantiu que a banda teria continuado se Lennon não tivesse ido embora. “Achava que estávamos fazendo coisas muito boas: [os álbuns] Abbey Road, Let It Be”, relembrou.
Após Lennon anunciar a sua vontade de sair, os outros integrantes do grupo foram aconselhados, segundo contou McCartney, pelo empresário, Allen Klein, a esconder o grande segredo da separação.
“Por isso, durante alguns meses, tivemos de fingir (…) Foi estranho porque todos sabíamos que era o fim dos Beatles, mas não podíamos simplesmente ir embora”.
As declarações de Paul McCartney contrariam declarações dadas pelo próprio Lennon em uma entrevista à Rolling Stone, realizada em 1971, mas apenas publicada em 2009, onde ele sugeriu que Paul McCartney e George Harrison o magoaram muito, assim como a sua mulher Yoko Ono.
“Nunca os perdoarei (…) eles a desprezavam. Parecia que ele tinha que escolher entre estar feliz casado com eles ou com a Yoko. E escolhi a Yoko”, afirmou Lennon.
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John Lennon, assassinado a 8 de dezembro de 1980, em Nova York, também chegou a acusar Paul McCartney de querer ser o líder do grupo. Ele disse ainda que os outros membros dos Beatles não lidavam bem com a situação. “Estávamos fartos de ser a sombra do Paul”, afirmou Lennon.
No último sábado, dia 9, Paul postou em seu Twitter uma mensagem relembrando a data do aniversário de John Lennon. “Pensamentos de feliz aniversário para @johnlennon”, escreveu.
No passado o baixista revelou que é comum ele sonhar com o amigo John Lennon
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