Paulo Betti: “A crise me aproximou ainda mais do PT”

De férias da Globo, Paulo Betti se divide entre as viagens com a peça A Canção Brasileira, as filmagens de A Casa da Mãe Joana, longa de Hugo Carvana, e os preparativos para o lançamento em setembro, de seu primeiro filme como diretor: Cafundó, vencedor de quatro prêmios no Festival de Gramado.

Separado há quatro meses, o ator ainda encontra tempo de cuidar do filho caçula, João, 3 anos, do seu segundo casamento com a atriz Maria Ribeiro. Em entrevista a revista Isto É Gente, Paulo mostra com orgulho a foto do menino na estante da sala de seu apartamento, no Rio. Com o mesmo orgulho, mostra outra imagem, que fica no escritório: um de seus irmãos ao lado de Lula, antes de ser eleito presidente. “Tenho um carinho muito grande por ele”, diz o ator.

Aprofundando o assunto sobre seu amor pela política, o ator fala do seu afastamento nas eleições de 2002. “Quanto mais neutro eu ficar, melhor (por causa da profissão de ator). Às vezes não consigo e meu desejo de participar se sobrepõe aos meus interesses. Quando estava todo mundo gritando PT, antes das últimas eleições, eu estava meio reticente. Hoje, estou um pouco mais PT”.

Não se abalando com os escândalos de corrupção do governo, o ator acredita que estamos num momento complexo, onde existe muita poeira e fumaça no ar. Mesmo com a crise, sua simpatia pelo partido não diminuiu. “Ajudei a formá-lo e estive com ele desde os primeiros momentos. Agora, no momento mais difícil, fico mais próximo. Estamos levando porrada e meu primeiro impulso é ajudar a defender”.

Em ano de eleição, Paulo garante que seu voto continua com Lula, e ele justifica a escolha: “Pelas realizações do governo dele, pelos resultados. Acho que realmente ele está fazendo um governo melhor que o outro”.

Convicto que o presidente não teve consciência de tudo que estava acontecendo em seu governo, o ator levanta a bandeira pelo partido, e se for preciso, aparece em uma campanha para defender a reeleição de Lula.