Paulo Coelho: “Pelé não é ídolo no Brasil”

O escritor Paulo Coelho soltou a língua, em entrevista ao site oficial da Fifa, durante a Feira do Livro de Turim, na Itália. Ele não perdoou nem o Rei unânime no mundo da bola: Pelé.

Em certo momento, Coelho diz que "o Rei não é exatamente um ídolo no Brasil. De cada dez brasileiros, seis olhariam Pelé e diriam: ‘Ele é bom, mas’…"

E não pára por aí: o escritor também não perdoa o craque Sócrates. Segundo ele, na Copa de 1986 "o erro de Sócrates, durante a decisão por cobrança de pênaltis, foi imperdoável. Uma nação inteira esperava que fizesse o melhor, mas ele foi simplesmente arrogante".

O mago, segundo ele mesmo vascaíno fanático, porém, comete gafes históricas, ao trocar o treinador da Seleção de 1962. Ele cita Vicente Feola, em vez de Aimoré Moreira como o treinador do bicampeonato.

Opina sobre os técnicos brasileiros, elogiando Felipão, sendo pouco diplomático com Parreira e lembrando de Telê: "Luis Felipe Scolari é um grande técnico, e Carlos Alberto Parreira não é ruim. Telê Santana, que faleceu recentemente, também sabia das coisas".

Numa coisa Coelho acerta em cheio, quando fala sobre a Copa de 1994. Ele diz que "foi maravilhoso ver o Dunga erguer a Taça do Mundo. Ele mereceu aquele momento, porque o subestimaram durante muito tempo".