Paulo Vilhena, sobre sucesso do personagem: “Não esperava”

Por - 05/09/14 às 08:37

Império/TV Globo
'Se fui bad boy um dia, não lembro…' A frase poderia muito bem ser dita por Paulo Vilhena – que não a disse, que fique claro! Mas o telespectador de Império, novela exibida na faixa das 21h da Globo, certamente se questionou se o pintor esquizofrênico Domingos Salvador, interpretado por Vilhena, era ele mesmo.
 
Logo na primeira cena em que apareceu, o nome do ator figurou na lista dia trend topics (assuntos mais comentados) no Twitter.
 
"Não acompanhei a repercussão, só fui saber depois. Também não imaginava todo esse sucesso, mas fiquei muito feliz", disse ele ao jornal Extra.
 
Com parte dos cabelos raspados, um bigodinho, o marcante  gestual com os olhos sempre piscando e uma espécie de tique nervoso no pescoço, o ator tem surpreendido.
 
"Faz parte do oficio do ator trabalhar essas mudanças estéticas, físicas e psicológicas. E é muito gratificante quando a gente consegue atingir esse objetivo. Tenho ouvido sempre comentários positivos. As pessoas elogiam e falam muito sobre essa realidade que o personagem vive, que parece de fato verdadeiro", contou Vilhena, que se preparou muito para o novo trabalho.
 
"Li e estudei muito sobre a doença em si e referências de artistas que eram doentes e que conseguiram criar belíssimas obras. Grandes artistas surgiram da oportunidade da terapia ocupacional, por exemplo. Eu descobri isso nesta pesquisa".
 
Apesar das críticas pra lá de positivas, o ator disse ao jornal Extra que, embora acredite que muitos passarão a olhá-lo de outra maneira, não dirá que o pintor é um divisor de águas em sua carreira. 
 
"Não gosto de falar em patamar. É uma evolução natural do meu trabalho e de oportunidade. Sempre tentei aprimorar meu ofício e isso aconteceu de forma gradativa. Nunca deixei de buscar estas oportunidades na televisão, no teatro ou no cinema. E continuarei em busca desta maturidade artística. O artista deve ser sempre inquieto".
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