Paulo Zulu já usou golpe de luta para fugir de assédio

Paulo Zulu participou do Pânico, da Rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (3) e falou sobre sua carreira de modelo e o assédio que sofreu no começo, principalmente de homossexuais. De acordo com Zulu isso nunca fui um problema, pois ele sempre soube muito bem lidar com esse tipo de situação.

Mas, durante a entrevista, ele revelou que hoje não consegue mais estar nesse mercado por entender que a homossexualidade é algo que faz parte da moda e que já precisou usar um golpe de jiu-jitsu para sair de uma situação embaraçosa. "Quando eu vi o cara tava voando!", contou.

Essa situação em específico aconteceu quando Zulu estava trabalhando em um sessão de fotos na Europa e, observando uma modelo fotografar, sentiu de repente um produtor o abraçando por trás. "Sou lutador! Foi reflexo de defesa pessoal. O cara caiu, ficou revoltado, quis me mandar embora, mas o fotógrafo que viu tudo, começou a falar que eu tinha que ficar porque percebeu que o produtor é quem estava errado", disse.

Zulu afirmou no Pânico que entende que nesse meio isso sempre foi algo normal e até opinou: "Se você vira modelo mais cedo você talvez não sabe sua opção sexual. Eu virei aos 28, então tinha certeza do que era".

Zulu precisou sair de várias situações de "dá ou desce" com clientes homossexuais. "Não é book rosa, mas me chamavam para uma reunião de trabalho e quando eu chegava no local, a reunião era sair para jantar, trocar uma ideia e eu perguntava sobre trabalho e falavam que trabalho falavam depois".

O convidado falou também que ele entende que atualmente o mundo da moda e a homossexualidade estão muito mais ligados. "Hoje, o cara para ser modelo tem que ser mais moderno. E para mim hoje ficou mais difícil. Pois não tenho compatibilidade visual, nem física e harmônica, para uma foto interagindo com homens, por exemplo".

Zulu explicou que as fotos de 'pegação' vendem muito para as marcas e Zulu confessou que "uma casquinha mútua" sempre acontece.

Pegador?

Zulu foi casado durante 23 anos e mostrou ser um cara tranquilo hoje com relação às mulheres, apesar de estar solteiro. Mas no começo da carreira de modelo era diferente. Quem conhece um pouco da história de Zulu sabe que ele era surfista, por isso ele não tinha muito "acesso" às mulheres. "Nunca fui baladeiro de ficar caçando. Sempre fui atlético e focado. Treinava das 06h às 21h".

Mas, quando Zulu mudou de profissão, as coisas começaram a ficar diferentes. "Comecei a ficar igual 'demônio da tasmânia'! Não é que pegava todo mundo, mas como surfista não tinha acesso, então eu ficava louco não sabia nem o que fazer!", disse Zulu sobre o convívio com várias modelos.

Sobre seus relacionamentos, Zulu disse que ciúme é algo que nunca pode existir. "O público feminino me consumiu muito, então mulher ciumenta não ia rolar. Eu sou o que sou por ter essa liberdade de poder interagir com meu público de uma forma boa"

Ensaio nu

Evandro Santo relembrou durante a entrevista do ensaio nu que Paulo Zulu fez em 1998. "As mulheres posam nua e ganham 'upgrade', porque com o homem não pode ser assim? E quando posei não estava me vendendo, estava vendendo uma ideia para as pessoas que me venderam. Fiquei um pouco inseguro, mas a repercussão foi tão positiva que, quando vi, me jogou mais para cima e me deu mais força de imagem aqui no Brasil", comentou.

Zulu falou também na Jovem Pan sobre a oportunidade de fazer novelas e relembrou quando fez Laços de Família, da Globo. "Sou um oportunista! Mesmo sem estar preparado, eu encaro. O máximo que pode acontecer vai ser um mar de críticas, mas do chão não passo, irmão! Quando me chamaram, sei que o teste foi horrível mas o Manoel Carlos gostava muito da minha história e quis criar um personagem baseado em mim para ser mais tranquilo. Mesmo assim, para mim, foi muito difícil, tinha muita pressão, era novela das 20h. Mas como um bom guerreiro Zulu, encarei o desafio!".

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