Pedaço de Mim: Melodrama aborda abuso, aborto e caso raro de superfecundação heteroparental

Por - 05/07/24 às 06:48

Pedaço de Mim - Vladimir Brichta, Juliana Paes e Felipe AbibVladimir Brichta, Juliana Paes e Felipe Abib - Foto: Netflix

Nesta sexta-feira, dia 5 de julho, a Netflix lança “Pedaço de Mim”, sua primeira série brasileira de melodrama. A produção, assinada por A Fábrica e dirigida por Maurício Farias, traz um enredo único com 18 capítulos.

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Juliana Paes e Vladimir Brichta protagonizam a trama, ao lado de Felipe Abib, Paloma Duarte, João Vitti, Jussara Freire, Martha Nowill e Antonio Grassi.

A história de “Pedaço de Mim” começa com o raro caso de superfecundação heteroparental envolvendo Liana, personagem de Juliana Paes.

Este fenômeno, que possui apenas cerca de 20 registros reais no mundo, faz com que ela engravide de gêmeos de dois pais diferentes. Desse modo, Liana se vê obrigada a esconder segredos e lutar para manter a família unida.

Pedaço de Mim - Vladimir Brichta e Juliana Paes
Vladimir Brichta e Juliana Paes protagonizam a trama – Foto: Netflix

A transformação de Liana em ‘Pedaço de Mim’

De acordo com o diretor Maurício Farias, a história de Liana é uma jornada de desenvolvimento de consciência sobre os abusos e violências que enfrenta, além do machismo estrutural.

Juliana Paes vibra com ‘Pedaço de Mim’

“Ela começa como uma mulher apaixonada, desejando ser mãe, e aos poucos percebe as extremidades das situações que vivencia.” Ele destaca a força do protagonismo feminino e a capacidade do público de acompanhar e se identificar com os desafios e processos da personagem”, destacou ele, durante o lançamento da série, evento do qual OFuxico participou.

Para Angela Chaves, criadora e roteirista, “Pedaço de Mim” enfatiza sonhos interrompidos, perdas e superação.

“Liana, que tem um grande desejo de ser mãe, enfrenta acontecimentos trágicos e surpreendentes que a fazem refletir sobre sua vida e seu casamento”, disse a autora.

Chaves acredita que a série trará muitas reflexões, especialmente sobre temas contemporâneos como machismo, abuso moral e sexual, e maternidade.

O diretor ainda descreve a série sobretudo como um “thriller da vida comum”: “A história tem tons dramáticos e um componente forte de suspense. Os acontecimentos imprevisíveis capturam o espectador, gerando um cruzamento de gêneros – drama com suspense, um pouco de thriller, tudo dentro de uma narrativa de vida comum.”

O que é a superfecundação heteroparental

A superfecundação heteroparenteral ocorre quando dois óvulos do mesmo ciclo menstrual de uma mulher são fecundados por espermatozoides de parceiros diferentes,

Obviamente, a situação não é comum. Para que ocorra, a mulher tem que ovular dois óvulos no mesmo ciclo e, nessa janela, ter relações com parceiros distintos.

A vida média de um óvulo é de 12 a 48 horas e a vida média do espermatozoide dentro do trato feminino é de mais ou menos de 72 horas. Então neste período (antes ou depois de ovular), se ela teve relações com parceiros diferentes, pode acontecer de espermatozoides de parceiros diferentes fecundarem óvulos do mesmo ciclo menstrual. A frequência estimada da superfecundação heteroparenteral é baixa, de mais ou menos um para cada 13 mil nascimentos. Mas pode ser que se torne mais frequente.

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É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino