Pedro Bial faz revelações sobre o BBB6

Por - 26/03/06 às 10:15

Divulgação / TV Globo

O jornalista Pedro Bial completa 48 anos no próximo dia 29. Um dia antes, cumpre mais uma missão à frente do Big Brother Brasil, com o anúncio do campeão da sexta edição do reality show da Globo.

Fã confesso da atração, ele revela ao Jornal O Globo que, por várias vezes, já se pegou assistindo, minutos a fio, aos brothers simplesmente dormindo. Bial costuma ficar até às 04h30 no paw-per-view.

“Tô dodói mesmo. Eu me treino para me encantar por eles. E descubro coisas singulares, sim”, diz à publicação.

Bial destaca ainda que, ao contrário do que se comenta, os participantes da sexta edição não são os mais sonolentos e devagar de todos.

“O sexto talvez tenha passado essa percepção, justamente porque veio depois do BBB 5, que se diferenciou muito dos outros com um maniqueísmo brutal e elementos homofóbicos. Mas, a quinta edição também teve momentos de extrema chatice, porque ficou muito preto e branco: ele é do bem, o outro é do mal. E o ser humano não é assim. Concordo se alguém falar que essa idéia do BBB é uma chatice. Porque é uma chatice confinar um monte de gente sem ter o que fazer. Não parece? Ninguém está procurando o pai desaparecido, ou mostrando um amor que não se realiza. No entanto, tudo acontece e todo mundo adora assistir”, diz o apresentador.

Elogios a Rafael

Na edição anterior, o reality show global registrou média de 52 pontos no Ibope. Desta vez, o máximo foi 46 pontos. Bial compara a uma novela.

“Quando uma novela começa, o público sempre acha que a anterior era melhor. Acho, inclusive, que esse grupo tem grandes figuras. O Rafael é o personagem mais fascinante, interessante e engraçado de todas as edições. A gente deve muito da sexta edição a ele. Botou o Dhomini no bolso”, destaca.

Críticas a Saullo

Para o comandante da nave Big Brother, como ele costuma chamar a atração, pode ter havido falta de rigor na seleção.

“É preciso perguntar: você quer mesmo entrar no BBB? Por quê? Insistir nisso. É preciso ter um desejo muito grande de entrar no jogo. A pessoa não pode entrar de onda, como o Saullo. Ele achava que ia ficar, porque era bonito e gostoso. Foi imprudente. E há o imprevisível. Quando eu vi as entrevistas do Rogério e do PA, que se tornaram os líderes do mal, eles eram duas flores. Quando se juntaram, a química foi explosiva. Nesse, a química foi reativa ao comportamento do BBB 5. Todo mundo quis se passar por bonzinho. Porém, ficou mais uma vez evidente, e em vários momentos, que ninguém é absolutamente bom ou mau”, explica Bial à publicação.

O apresentador comenta ainda a briga entre Iran e Mariana, outra situação em que as diferenças entre o bem e o mal ficaram evidenciadas.

“No dia da eliminação, ele foi de uma brutalidade com a Mariana, de uma força desigual, de um homem de 28 anos para uma menina de 20. Mara também disse poucas e boas para Gustavo. Ele não conseguiu sustentar o personagem que construíra no programa. Ele enfeitou a verdade. Tinha um grande apelo ao dizer que havia sido monge por oito anos, mas mostrar-se totalmente inexperiente aos 28 anos, dizer que não sabia beijar, foi um pouco demais. Se o personagem for artificial demais, desmonta. Mas, se for fácil de interpretá-lo e sustentá-lo, melhor para cada jogador”, ensina.

Orações: jogada de mestre

Bial encara a mania de Agustinho, de limpar a casa toda hora, como sintoma de obcessão, e destaca que as orações do grupo o incomodaram.

“Eles fizeram aquilo como jogo de cena. Funcionou para eles, é o momento em que um fala algo para o outro, mas não colou com o público. Ninguém precisa fazer espetáculo da sua fé. Até a vilã, entre aspas (Thaís), falava de Deus o tempo todo. A tevê é um veículo hiperbólico. Aquela oração berra de tão grande. Por isso, não transmitiu autenticidade alguma”, conta Bial.

Flerte virtual

Ele nega que torça por Mariana, e diz que a atração não tem regras.

“Nem sabia que estavam dizendo isso! Mas, torcidas são completamente irracionais. A culpa é do juiz, do goleiro, nunca o outro time jogou melhor. É só porque sei admirar as coxas da Mariana? Não há paquera nisso"!

"Uma das estratégias de sobrevivência e de comportamento lá dentro, é criar um namorico virtual comigo. A Pink falava: ‘Eu te amo, Bial’! A Isabel, que é meio brava, e eu gosto de mulheres bravas, às vezes acha que eu me excedo. Mas, sério, vejo todos como filhos”, assegura Pedro Bial.

 

 

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