Pérola Faria comemora seu 1º convite para a TV sem precisar de teste
Por Redação - 07/07/13 às 12:00
Desde os sete anos, quando decidiu estudar teatro, Pérola Faria está habituada à pressão de fazer testes e concorrer a personagens. O olhar sereno e a fala baixa, traços marcantes na personalidade da atriz, ganham um tom vibrante quando ela lembra do convite para interpretar Yasmin, de Dona Xepa, que recebeu do diretor Ivan Zettel, com quem já havia trabalhado na trama teen Rebelde.
"Quase não acreditei. Sempre tive de fazer teste para tudo", relembra, complementando que acredita na escalação como um reconhecimento de seu trabalho.
Após estrear na tevê em Páginas da Vida, da Globo, como a bailarina bulímica Gisele, Pérola consolida sua trajetória na Record em seu terceiro trabalho na emissora. Apesar disso, não quer se acomodar.
"Desde que entrei na tevê, não fiz mais teatro. E sinto muita falta. Assim que terminar a novela, vou procurar uma oportunidade nos palcos", planeja.
Quando foi convidada para participar da adaptação do folhetim, a atriz buscou referências anteriores.
"Li bastante sobre a peça. Mas, como a Yasmin não existia no texto original, não deu para me basear em nada. Só fiquei sabendo mais da trama e de cada personagem", conta.
Para viver a romântica namorada de Édison, interpretado por Arthur Aguiar, Pérola teve de fazer algumas mudanças no visual. Além de voltar para a academia, a atriz precisou cortar os cabelos.
"Era preciso ter um ar mais careta e centrado. Mas não tenho nenhum problema quanto a isso. Eu gosto de mudar. E acho que a caracterização ajuda muito na hora de compor o personagem", opina.
O Fuxico: Seu primeiro papel na tevê foi em Páginas da Vida, como a bailarina bulímica Gisele. Como foi encarar um papel tão profundo com apenas 14 anos?
Pérola Faria: Foi complicado, mas é preciso ter força de vontade. Trabalhava muito e tive sorte de ser bem preparada para o papel, com boas referências. Além disso, tive de aprender a conciliar o estudo com o trabalho. E eu sou super regrada. Então, não demorou muito para pegar o ritmo e aprender a dividir o meu tempo. Foi importante também para aprender a não me acomodar.
OF: Mas você chegou a se acomodar, ou até mesmo se deslumbrar em algum momento?
PF: Depois desse primeiro trabalho, eu vi, da forma mais dura, que não estava com a vida ganha só porque apareci na tevê. Quando Páginas da Vida acabou, fiz uma pequena participação em Por Toda Minha Vida e depois fiquei dois anos desempregada, antes de assinar com a Record. Agora sei que posso estar no ar hoje e amanhã, não. Com isso, desenvolvi um controle emocional muito grande para aprender a lidar com os altos e baixos da carreira.
OF: Você reconhece ser muito tímida. Quando começou a estudar teatro, buscava minimizar essa característica?
PF: Com certeza! Com sete anos, entrei para o teatro para tentar dar um jeito na minha timidez. E acabei achando muito divertido, diferente. Antes disso, eu nem pensava em ser atriz, sonhava em ser veterinária. Com 11, decidi fazer cursos voltados para a atuação na tevê e ali, diante das câmaras, soube que eu queria trabalhar com isso. Mas daí até eu conseguir um papel, pensei em desistir várias vezes.
OF: Como assim?
PF: Eu comecei a fazer testes muito cedo e demorou muito para acontecer, para vir um convite, vir um personagem. Estava cansada de criar expectativas em testes e ouvir "não" depois, cansada de estudar e fazer cursos. Cheguei a conversar com a minha mãe, dizer que queria desistir da carreira de atriz. E ela me pediu para que eu fizesse o último workshop, com a diretora Camila Amado. Eu aceitei e foi a melhor coisa que fiz, porque, a partir dele, veio o convite para atuar em Páginas da Vida.
OF: Desde que entrou para a Record, você tem emendado trabalhos. Primeiro atuou em Bela, A Feia, depois em Rebeldes e, agora, em Dona Xepa. Existe a preocupação de cansar a imagem?
PF: Como foram personagens bem diferentes entre si, eu não ligo de estar sempre no ar. Acho até desafiador criar tantos personagens diversos em pouco tempo, o que me deixa muito feliz. Eu gosto de mudar, dessa coisa de procurar inspirações, compor diferentes tipos. Desde que eu entrei na Record, estou trabalhando. Como meu contrato vai até 2018, espero que isso se repita até lá.
OF: Você chegou a fazer faculdade de Moda, mas acabou largando. Pensa em retomar os estudos?
PF: Eu pretendo voltar a estudar, mas já desisti completamente da ideia de fazer Moda. Não tem muito a ver comigo e acho que não me agregaria muito. Mas acho importante ter um diploma, até como "plano B" para o caso de dar tudo errado. Penso em prestar vestibular para Letras, já no ano que vem. Além de ser interessante, vai me ajudar na minha profissão.
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