Plano de Proteção do aeroporto não considerava fios em que avião com Marília Mendonça bateu
Por Redação - 07/11/21 às 22:07 - Última Atualização: 8 novembro 2021
O avião em que Marília Mendonça estava quando morreu bateu em fios de alta tensão antes de cair numa cachoeira em Caratinga, Minas Gerais. Esse fato é uma das chaves para a investigação que tentará explicar o que levou à morte da cantora e de outras quatro pessoas, incluindo piloto e copiloto.
Em nota ao “Fantástico”, da Globo, na noite deste domingo, 7 de setembro, a Aeronáutica afirmou que os fios de alta tensão em que a aeronave bateu estavam fora do ‘Plano Básico de Proteção do aeródromo’ de Caratinga. Isso significa que eles não eram considerados entre as informações para o planejamento do Plano de Vôo.
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“O Departamento de Controle do Espaço Aéreo disponibiliza as informações necessárias ao planejamento do plano de voo”, afirma a nota. Em seguida, eles esclarecem o fato de a linha de transmissão “estar além dos limites do Plano Básico de Proteção do aeródromo segundo os critérios da Organização de Aviação Civil Internacional”.
O fato de estar fora do plano de proteção reforça a tese de que o avião voava mais baixo do que o esperado para aquela distância do aeródromo.
Ao longo da reportagem, o dominical entrevistou um piloto que já pousou diversas vezes no local. Ele afirma que é uma pista com difícil acesso e que demanda uma atenção maior e grande experiência do piloto. Ademais, explicou que o acidente geográfico que circunda o local é um dos fatores que complicam o pouso.
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PASSO A PASSO
Em longo comentário no Jornal da CNN, William Waack explanou a respeito de possíveis motivos que levaram ao acidente fatal que matou Marília Mendonça, aos 26 anos de idade. O avião em que ela seguia para Caratinga caiu numa cachoeira a menos de 4km da pista de pouso do destino.
De acordo com o jornalista, algumas decisões pouco fora do comum podem ter levado à fatalidade, que matou cinco pessoas, incluindo a cantora. De acordo com Waack, algumas informações cruzadas deixam um ponto solto na história: por que o avião estava mais baixo do que normalmente ocorre em padrões normais?
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Ao longo de seu comentário, o âncora registrou os detalhes da aeronave, deixando claro que um erro mecânico seria altamente descartável nas investigações. Isso, porque o modelo é confiável e um dos mais seguros e bem avaliados para aviação executiva no país.
Ademais, adicionou ao comentário a facilidade de pilotar o veículo até em pistas mais curtas e entre serras e morros, como a topografia brasileira. Dessa forma, deixou claro que um acidente estritamente ligado à máquina é pouco provável, como já dito antes por Sorocaba, em outra entrevista à CNN.
Sendo assim, fica a questão: quem estava na altura incorreta: a torre alta demais ou o avião, baixo demais? De acordo com Waack, a altura de vôo do avião estava bem abaixo do esperado para aquela distância. Então, o jornalista explicou o porquê.
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Ele lembrou uma regra comum entre pilotos na hora de pousar aviões, principalmente em pistas curtas e com terrenos pouco conhecidos. Eles normalmente traçam uma ‘rampa’ centralizada no eixo da pista. Depois disso, fazem uma conta simples, partindo da ideia de que precisam estar a 300 pés de altura quando faltar 1 milha para a pista, 600 pés quando faltarem duas milhas e assim por diante.
Nesse momento o primeiro dado aponta algo de errado: o avião já estava a 300 pés de altura quando faltavam ainda 2,6 milhas para a pista, ou seja, mais de 1,6 milhas adiantado. Nesse perímetro, a altura de uma torre padrão não deveria, nem de longe, ser preocupação para a aeronáutica ou para a companhia elétrica.
Nesse momento, ele registra que pilotos não familiarizados com a pista ou sem prática com o cenário ao redor do aeroporto tendem a fazer uma rampa de pouso mais longa, por insegurança ou excesso de zelo, quem sabe o piloto falhou em seus cálculos e deixou a aeronave baixa demais para o local onde o acidente ocorreu.
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