Pocah sobre relacionamento abusivo: ‘Fui humilhada, roubada, agredida’

Por - 18/02/22

pocah gravando podcast vacacast, de evelyn reglyReprodução/Youtube/Canal Evelyn Regly

A youtuber Evelyn Regly tem recebido convidados interessantíssimos em seu podcast, que é gravado ao vivo às terças e quintas no YouTube, sendo intitulado de “Vacacast”. Já passaram pelo programa Maria Lina Deggan, Patricia Ramos, Carol Borba, Sonja Chacon e Pocah.

Falando na funkeira, ela abriu o coração e comentou sobre o relacionamento abusivo que viveu no passado: “Eu perdoei várias traições e acabei me sujeitando a passar por muitas coisas ruins. Foi dos meus 16 aos 21 anos e desde o início da relação acontecia várias agressões”.

“Foi o primeiro homem da minha vida. Hoje vejo tudo isso como experiência e apesar do trauma, aprendi a ter maturidade. Foi um ensinamento, me libertei. Hoje me relaciono da forma que eu mereço e tenho certeza que sou muito amada”, revelou a artista.

Eu fui humilhada, roubada, agredida. Teve uma vez que eu fui puxada pelos cabelos, igual na época das cavernas e ele ainda cuspiu em mim. Me questionei por muito tempo o porquê de ter deixado tudo isso acontecer”.

“Eu me sentia culpada, ele jogava a culpa de me trair em mim mesma. Era muita manipulação, uma transferência de responsabilidade que não era minha. Eu acreditava que as coisas poderiam mudar, eu não tinha maturidade”, explicou a ex-BBB.

DENÚNCIA FAVORÁVEL AO AGRESSOR

Evelyn Regly então afirmou já ter vivido uma relação abusiva: “Não gosto de falar sobre isso, mas sempre que eu puder inspirar e contar essa história para motivar outras mulheres, eu vou fazer. Eu estou curada, mas ficaram sequelas”.

Pocah então contou um episódio de denúncia do ex-companheiro, que acabou sendo em vão na época: “Eu fiz a denúncia e quando chegaram para registrar, eu fiquei no quarto trancada e só receberam o agressor, que disse somente a versão dele. É muita injustiça não poder contar com quem deve proteger a gente”.

Eu conseguia ouvir eles dizendo que era só uma briga de marido e mulher, que estava tranquilo. Assim que os policiais viraram as costas, apanhei de uma tal forma que eu achei que fosse morrer. Naquele momento desacreditei, achava que não tinha com quem contar, somente com Deus”.

“Entendo as mulheres que não querem denunciar, elas têm medo, porque a gente acaba sendo humilhada. Quem bate esquece, mas quem apanha não. Hoje é uma cicatriz, mas todos os dias eu lembro de tudo que aconteceu”, desabafou ela.

RELATANDO ABUSO NA INFÂNCIA POR OUTRA CRIANÇA

Pocah ainda aproveitou para revelar outro episódio de abuso que sofreu aos seis anos de idade, sendo vítima de uma criança da mesma idade: “O que a criança fazia comigo era horrível e, depois que passou, quando eu tinha 14 anos, que eu percebi que era um abuso sexual. Passeia acreditar que o que ela fazia comigo, era porque aprendeu com alguém que fazia a mesma coisa com ela”.

Tentei fazer com que a outra criança denunciasse, mas não adiantou. Por isso, eu falo para as mulheres. Sinto que tenho uma missão de contar tudo que passei e fazer disso motivação para outras mulheres. Tudo isso me ensinou, me deixou mais forte”, concluiu Pocah.

Ao fim do podcast, Pocah pediu para que os pais saibam da importância de conversar com os filhos e outras crianças, pois isso ajuda a protegê-los de eventuais abusos.

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Raphael Araujo Barboza é formado em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. OFuxico foi o primeiro lugar em que começou a trabalhar. Diariamente faz um pouco de tudo, mas tem como assuntos favoritos Super-Heróis e demais assuntos da Cultura Pop (séries, filmes, músicas) e tudo que envolva a Comunidade LGBTQIA+.