Polícia identifica quarto bandido envolvido na morte de Detonauta
Por Redação - 21/06/06 às 10:05
A polícia carioca já identificou o quarto bandido envolvido na tentativa de assalto que resultou na morte do guitarrista Rodrigo Netto, o Nettinho, e em ferimentos ao irmão dele, Rafael Netto, no dia 29 de maio, em uma movimentada avenida da zona norte do Rio de Janeiro.
Trata-se de Peterson Oliveira Costa, de 18 anos, apontado pelo dois menores que já foram detidos como integrante do bando.
Segundo o Jornal O Dia, desta quarta-feira, 21, a delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Lúcia Baptista, estão sendo feitas diligências para tentar localizar o acusado, que estaria foragido. Mas o jornal informa ainda que de acordo com os dois menores, Peterson teria sido morto por traficantes do Complexo da Mangueira, junto com o adolescente apontado como o autor dos tiros.
Sem arrumar um substituto para Nettinho, a banda Detonautas continua cumprindo sua agenda de shows. No último final de semana os rapazes se apresentaram em Barra das Garças (MT e na Costa do Sauipe, em Salvador (BA). Ao retornarem ao Rio, o vocalista Tico Santa Cruz, postou um comentário, na segunda-feira, 19, no site www.detonautas.com.br, que OFuxico reproduz em parte e que toca na questão da insegurança vivida pela população do Rio e na saudade do companheiro.
“Nesse último final de semana estivemos em Mato Grosso e na Bahia. A correria foi grande e é apenas um prenúncio do que virá a partir de julho.
Saímos do RJ de madrugada, na sexta-feira. O vôo era por volta de cinco e meia da manhã e tivemos que chegar com uma hora de antecedência, como sempre. Ou seja, saí de casa quatro horas da manhã. Nenhuma alma viva nas ruas durante todo o trajeto. Não cruzei o caminho de outro carro, táxi, moto, nada. A noite do Rio está cada vez mais vazia e sem vida. É um toque de recolher não-declarado. Claro que se formos perguntar às nossas autoridades (!?!), essa expressão será logo desqualificada.
Pegamos o vôo direto para Goiânia e de lá fomos para Barra do Garças em uma viagem de 6 horas por estradas horrorosas, me impedindo de dormir. Antes, na chegada ao aeroporto de lá, recebemos a notícia que a cia aérea havia esquecido 2 cases de equipamentos nossos. Estamos à mercê deles. Agora ainda mais, com uma cia aérea a menos. Nos garantiram que nos enviariam os dois cases até o horário limite para fazermos o show e isso foi cumprido.
Fui passar o som com o Tchello e Fabinho e o local do show não era o mesmo que havíamos tocado no ano anterior, mas era bem bacana também. Estrutura maneira, som, luz, tudo certo. Na volta, paramos para comer uma pizza e a galera da cidade nos abordava a todo momento… essa força também é bem-vinda sempre. Confesso que a saudade é grande. O tempo todo olho ao meu redor em busca de uma fisionomia familiar. Às vezes parece que vou ouvir aquela risada…
Nesse momento estamos conversando muito, relembrando histórias e evoluindo. Evoluindo nossa amizade, nosso respeito-mútuo, reforçando nossos laços de afeto, enfim, usando tudo o que nosso grande irmão nos ensinou, simplesmente por praticar”.
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