“Precisamos dela mais do que nunca”, diz diretor sobre Mary Poppins

Por - 20/12/18 às 20:35

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Rob Marshall, diretor e mente criativa por trás da nova versão de Mary Poppins, mostrou que o objetivo em trazer a personagem de volta, mais de 50 anos depois que o clássico de 1964 foi lançado, não era apenas fazer uma releitura do filme, mas também enviar uma mensagem para o mundo.

“Para mim, era muito importante trazer essa personagem de volta. Sinto que precisamos dela mais do que nunca. Vivemos em um momento muito frágil e muitas vezes até sombrio e Mary Poppins pode trazer luz e esperança para o mundo”, comentou em entrevista com a coluna sobre a decisão de dar uma vida nova ao filme icônico. “Sempre amei muito o original, é um filme perfeito, mas o que mais amo é essa personagem extraordinária. Depois de adultos, a gente acaba perdendo algumas coisas pelo caminho, como a imaginação.”

Marshal, que dirigiu filmes como Chicago e Caminhos da Floresta, também falou sobre a escolha de Emily Blunt para o papel que ficou marcado pela interpretação de Julie Andrews.  “Não tinha outra pessoa no mundo que pudesse interpretar essa personagem. Ela tem uma combinação de fatores, é uma ótima atriz, consegue trazer várias camadas e amo seu humor”, disse. “Ela é inteligente, esperta e a gente de entende muito bem.”

Trabalhando pela primeira vez em um projeto grandioso com canções originais, o diretor revelou que sempre foi uma vontade pessoal. “Sempre foi um sonho fazer um trabalho com músicas totalmente originais, nunca tinha feito antes”, afirmou. “Fiz Chicago, Nine e Caminhos da Floresta, que tem seus respectivos desafios, mas isso era um verdadeiro sonho. Sempre quis fazer algo como os meus filmes favoritos, como os da era MGM, como Cantando na Chuva, que teve canções criadas especificamente para ele.” Marshall ressalta que O Retorno de Mary Popping levou três anos para ficar pronto e que as canções foram escritas com o elenco já escolhido: “Desenvolvemos a música especificamente para Emily e para Maryl Streep, por exemplo. Fiquei muito feliz em poder realizar esse sonho”.

Apesar da predominância da animação em 3D no cinema atual, Rob Marshall optou por criar sequências animadas com técnicas tradicionais, o que se mostrou outro desafio. “Eu queria que a animação fosse no estilo do original, que é em 2D, e isso foi bem complicado, já que foi necessário tirar profissionais da aposentaria para que isso fosse possível”, explica. “Porém, uma das coisas que mais me deu esperança foi o fato de muitos dos nossos animadores também serem jovens que queriam aprender com os mais velhos.”

O Retorno de Mary Poppins, por fim, simboliza uma mensagem que Marshall acredita ser necessária para o mundo de hoje. “Mary Poppins pode ajudar a trazer luz e esperança. Quando ela desce das nuvens, ela ajuda a redescobrir um senso de diversão e mágica que está faltando na vida de muita gente”, finalizou. “Ela reacende uma chama interna da criança que existe em cada um.”

 

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