Presídio dos famosos: 5 segredos de Tremembé que você não sabia
Por Flavia Cirino - 04/11/2025 - 11:03

A série “Tremembé”, lançada pela Amazon Prime Video, mergulha no cotidiano do Complexo Penitenciário de Tremembé (SP), conhecido como “presídio dos famosos”. Conforme o jornalista e roteirista Ullisses Campbell, o local abriga sobretudo presos que cometeram crimes de repercussão contra a vida.
Saiba como está Suzane von Richthofen atualmente
Desde 1948, a instituição passou por adaptações e estrutura especial, eventualmente destinada a pessoas com risco elevado ou notoriedade institucional.
No contexto da produção, a unidade aceita destaque pela presença de nomes como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá, os irmãos Cravinhos e outros.
O impacto midiático impulsionou não apenas a cobertura jornalística, mas também curiosidade pelo universo carcerário pouco visível ao grande público.
Conforme fontes, a série passou por revisão jurídica antes da liberação, e mistura registros reais e adaptação dramática.
Revelações surpreendentes – além dos holofotes
1. A “Cela dos Espíritos”
No complexo, existiu uma ala chamada “Cela dos Espíritos”, liderada pela médium Luiza Motta, condenada por atropelamento e homicídio. Mulheres condenadas buscavam ali processo de perdão espiritual. Suzane von Richthofen teria recebido carta psicografada da mãe, com pedidos de perdão bem como de demonstração de amor.
2. Fuga pela escada de maracujá
Em 2007, a estelionatária Dominique Cristina Scharf, a “Dama do Cárcere”, protagonizou escalou um muro de seis metros com ajuda de pés de maracujá que cresceram junto aos caibros do muro. Durante o salto, quebrou perna e braço, mas conseguiu liberdade temporária antes de ser recapturada.
3. Concurso de beleza no cárcere
A unidade realizava anualmente o concurso “Miss Primavera”, também chamado “Miss Xilindró”. Categorias incluíam Simpatia, Plus Size, Garota Revelação e Mister Tremembé. Em 2014, Sandra Ruiz, a “Sandrão”, venceu a categoria masculina. Ela foi parceira de Elize Matsunaga e Suzane von Richthofen.
4. Tráfico interno de crack
No regime semiaberto, internos criaram passagem secreta no forro de um galpão para traficar crack. Compravam a pedra por R$ 10 fora da prisão e revendiam por R$ 50 dentro. Desse modo, em delírio, vagavam pelos pavilhões à noite antes da descoberta do esquema, motivada por um dependente que não conseguiu comprar fiado.
5. O “Café Literário” como resistência
O projeto chamado “Café Literário” foi idealizado pelo condenado Gil Rugai e funcionou para presos de dois pavilhões. Nele, os detentos debateram clássicos como A Divina Comédia, Crime e Castigo e Saber Viver. O projeto ganhou elogios por incentivar a ressocialização.
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Estas histórias pintam um retrato pouco comum de uma instituição que, apesar da notoriedade, segue viva no imaginário nacional. A produção “Tremembé” reforça esse universo, ampliando o debate sobre sistema prisional, celebridade e crime no Brasil.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























