Preta Gil aprende muito com travesti

No musical Um Homem Chamado Lee, Preta Gil interpreta Ivanildo Pereira, ou melhor, Linda Lee, cujo maior sonho é seqüestrar a roqueira Rita Lee. O fato de estar vivendo nos palcos um travesti, fez a cantora e atriz crescer como mulher, conforme ela destaca.

“O laboratório (pesquisa), que fiz para compor o personagem, me ajudou como mulher, porque percebi o quanto o travesti tem a alma feminina. Essa é a grande característica deles, maior até que o fato de fisicamente querer se parecer com o ser feminino. Obviamente, deve haver exceções, porque a Linda Lee, por exemplo, é mais rude, é muito homem, por causa da obsessão que carrega de tomar o lugar da nossa maior roqueira”, compara Preta Gil, que em outubro deve levar a peça para outra casa de espetáculos paulistana, uma vez que a temporada no Teatro Folha termina no final de setembro.

Preta adianta que os cariocas deverão assistir a Um Homem Chamado Lee somente em 2007.

“Mas não vou abandonar a minha cidade. Em outubro, nas noites de quartas-feiras, estarei apresentando meu show no Centro Cultural Carioca, em plena Praça Tiradentes, no centro da cidade”, avisa.

Peça aproxima intérprete de Rita Lee

Preta Gil acredita que a vida reserva surpresas boas para as pessoas e sem dizer a data. O musical que marca sua estréia como atriz, por exemplo, serviu para aproximá-la de Rita Lee, de quem sempre foi fã, mas não privava da intimidade da roqueira.

“A Rita sempre foi muito amiga dos meus pais, o Gil (Ministro Gilberto Gil) e a Sandra, que são padrinhos do Beto, filho dela. Mas eu e ela nos tornamos amigas mesmo a partir da peça. Desde a fase dos ensaios que começamos a trocar e-mails. Depois da estréia ela me escreveu dizendo que tinha amado Um Homem Chamado Lee e, a partir daí, nos falamos quase que diariamente”, conta Preta Gil.