Primeiro ganhador do Prêmio Esso, fotógrafo Sérgio Jorge é vítima do coronavírus

A Covid-19 fez mais uma vítima, entre tantos que ainda têm sido assolados pela pandemia. Referência na história da fotografia nacional, Sérgio Jorge, de 83 anos, morreu na segunda-feira (30), em São Paulo. Em um post em seu perfil no Facebook, o filho dele, o também fotógrafo Sergio Luiz Jorge, contou que ele estava internado há mais de duas semanas, tratando da doença.

"Sinto informar o falecimento de meu querido pai Sergio Vital Tafner Jorge, nesta madrugada", escreveu.

O corpo do fotógrafo será enterrado em Amparo (SP), cidade natal de Sergio.

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Trajetória brilhante

A primeira edição do importante Prêmio Esso de Jornalismo na categoria de fotojornalismo surgiu em 1960, e premiou uma série de fotos que mostrava o desespero de um menino ao ver seu cachorro levado pela carrocinha. Toda a ideia da pauta veio de Jorge, que havia passado por um trauma similar na infância. Ele passou três dias acompanhando o trabalho de funcionários da prefeitura que recolhiam cães de rua em São Paulo até conseguir o registro. As fotografias foram publicadas em 32 veículos de imprensa ao redor do mundo, conquistando fama internacional.

Sérgio Jorge trabalhou nas redações dos jornais O Dia e A Gazeta nas décadas de 1950 e 1960, e depois na revista Manchete nas décadas de 1960 e 1970, Sergio Jorge viveu o romantismo da carreira de fotojornalista em seu auge.

Entre os registros marcantes das lentes do fotógrafo estão a moda de Denner e Clodovil, o milésimo gol do Pelé, a inauguração de Brasília, as primeiras corridas no Autódromo de Interlagos, a demarcação territorial brasileira no Pólo Sul, a construção da rodovia Belém-Brasília, entre outros.

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