Priscila Sol: “Faço o que vier, louca ou drogada”

Por - 26/02/13 às 10:03

Pedro Paulo Figueiredo / Carta Z Notícias

Aos 32 anos, Priscila Sol ainda se considera uma aprendiz dentro da televisão. No ar como a moderna Sandra, da novela Lado a Lado, a atriz, que acumula três novelas em seu currículo, acredita estar se aperfeiçoando no processo de fazer tevê. E, em sua opinião, se assistir é uma das melhores formas de melhorar.

"Sou muito autocrítica. Acho muito difícil fazer novela. Admiro muito quem sabe fazer. Só quando você entra na tevê que percebe o quanto é difícil", afirma ela, que desde os 13 anos se dedica ao teatro.  

Na trama de João Ximenes Braga e Claudia Lage, Priscila interpreta uma jovem do início do século XX que está à frente de seu tempo. Casada com Teodoro, papel de Daniel Dalcin, a personagem vive um conflito interno ao criar seu próprio filho como se fosse seu irmão.

"Ela é uma mulher que busca seu espaço na sociedade e caminha a passos largos. O fato de não poder assumir o próprio filho a deixa com a autoestima baixa", defende a atriz, que acredita que na reta final da trama sua personagem irá fazer a diferença.

"Ela não é uma moça comum como as outras e quer se destacar em uma sociedade machista", completa.  

Em sua primeira novela de época, Priscila afirma que não criou nenhuma forma especial para dar vida à personagem. Além dos três dias de laboratório e preparação sobre os costumes e valores do início do século XX, a atriz buscou entender o papel ao longo da história e do texto dos autores.

"Fui entendendo a Sandra aos poucos e ainda estou. Descubro uma faceta nova a cada dia. E o texto é muito bom, nos dá diversos auxílios", valoriza.

Para Priscila, o estado interno da personagem conta muito mais na hora de compor e ambientar as cenas. Por isso mesmo, ela prefere focar em um olhar melancólico para ressaltar o amor recolhido de Sandra pelo filho não reconhecido.

"Ela esconde esse amor pela criança e isso a deixa com um estado emocional mais fraco e triste. Não mudo  a postura. Mas a voz sai com um timbre diferente por conta do emocional dela, por exemplo", aponta.

O jeito espevitado e o rosto de menina camuflam os 32 anos de Priscila. Mas ela não considera sua aparência jovial como um limitador em sua carreira por fazer apenas papéis de moças mais novas, como a estagiária Paixão de Viver a Vida'.

"Isso independe muito. Vou aproveitar enquanto der os personagens de menina. Se isso atrapalhar, é porque não era para ser meu", ressalta a atriz, que acredita ainda ter uma longa e variada lista de papéis na televisão.

"Faço o que vier, louca ou drogada. Tudo que me faça crescer como atriz e sair do meu estado de conforto", planeja.  

Longe da tevê desde Viver a Vida, em 2010, Priscila utilizou esse tempo para se aperfeiçoar na carreira com cursos de tevê e se dedicar mais ao teatro.

"Esse período foi fundamental para o meu amadurecimento. Aproveito de tudo na vida. Tudo é fonte de trabalho", conta a atriz, que conseguiu o papel na atual trama das seis após deixar seu material com o produtor de elenco André Reis, que a chamou para testes.

"Amo muito o que faço. Claro que estar na emissora mais vista do país contribui muito. Mas, se estivesse com uma peça na praça Roosevelt, em São Paulo, estaria feliz do mesmo jeito", afirma ela, que pretende voltar a se dedicar ao teatro após o fim da novela.

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Priscila Sol:

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