Professora Cris, de Rebelde, quer fazer musicais

Por - 17/09/12 às 11:02

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Transitar por diversos veículos e áreas da atuação é uma constante na carreira de Verônica Debom. A intérprete da professora Cris, de Rebelde, da Record, trabalhou em cinema, teatro, série, novelas e websérie. Na tevê, viveu a mimada Carla de Chamas da Vida, da Record, e fez participações em Luz do Sol , Malhação e Viver a Vida, as duas últimas da Globo. Além dos seriados Preamar, da HBO, e Desenrola Aí, no Multishow.

"Amo o que faço e não curto ficar parada. Já fiz de tudo um pouco. Só não fiz musical", explica a atriz, que não descarta a chance de dançar e cantar nos palcos.

"Não é algo que eu planeje. As coisas acontecem muito inesperadamente. Sou afinada, mas teria dificuldade na hora da dança. Não fiz balé quando criança", ressalta Verônica, que estreia o longa Astro ainda este ano.

Na trama de Margareth Boury, Verônica vive uma engajada professora de Geografia que busca desenvolver atividades de conscientização do meio ambiente. Para interpretar a personagem, a atriz precisou relembrar algumas matérias do tempo de escola e assistiu a alguns filmes sobre professores e formas de ensino, como O Sorriso de Monalisa.

"Você precisa transparecer ter conhecimento de causa daquilo que está falando. A Cris é muito apaixonada pela profissão. Por isso, ela sempre está incitando projetos para salvar o planeta", defende.

Aos 28 anos, a atriz não encontra muitas dificuldades para interpretar uma personagem com quase 10 anos mais velha. Além disso, muitos companheiros de cena de Verônica têm a mesma idade ou até são mais velhos que ela, como Bernardo Falcone e Mariana Cysne.

"A postura que você se coloca em cena já muda tudo. É preciso assumir uma energia mais velha. Meu jeito de falar e andar muda. E a caracterização faz você se inserir em outro ambiente", aponta.

Apesar de ser natural do Rio de Janeiro e ter crescido em São Paulo, Verônica considera os dois anos em que viveu em Minas Gerais fundamentais para a escolha da sua profissão. Aos 15 anos, a atriz precisou optar entre as aulas de Teatro ou Educação Física no colégio. A rasa intimidade com as atividades físicas fizeram com que Verônica não tivesse dúvidas quanto à escolha pelas Artes Cênicas.

"Esses dois anos em Minas foram muito significativos para mim. Lá descobri a minha vocação. Fiquei apaixonada", lembra. A falta de estabilidade da carreira de atriz, no entanto, fez com que Verônica mantivesse o teatro como um hobby e focasse na faculdade de Publicidade.

"Tive medo e optei pelo mais seguro. Cheguei a trabalhar em agência. Mas um dia percebi que não podia levar mais uma profissão pela qual não era apaixonada", afirma.

Logo após concluir a Oficina de Atores da Record, Verônica foi contratada pela emissora e esperava por uma oportunidade para ingressar em alguma trama. Antes de ser chamada para Rebelde, a atriz ajudava nos testes de elenco para a novela infantojuvenil.

"Foi completamente inesperado e tenho muito gosto em trabalhar com o público adolescente. Eles são muito passionais e se envolvem bastante com a trama", elogia Verônica, que também já trabalhou com o público infantojuvenil na peça O Diário de Débora.

A forte ligação com a comédia levou a atriz para o stand-up comedy, espetáculo de humor apresentado por apenas um comediante. Verônica sempre estudou e gostou de assistir aos shows de stand-up americano. Após o convite de um amigo, a atriz escreveu um texto para participar como convidada do grupo Comédia em Pé.

"Nasci com a máscara da comédia no teatro. O humor exige muita coragem porque fazer o outro rir é muito difícil. Exercito minha capacidade para escrever textos. Tenho de quebrar muito a cabeça e brigar com as páginas em branco", brinca.

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