Proposta de Joia Rara é trazer fantasia e liberdade para horário das 18h

Por - 16/09/13 às 11:33

Divulgação

Mais que uma religião, o budismo é considerado uma filosofia de vida. E essa será a aposta da Globo para sua próxima novela das seis, Joia Rara. Com estreia marcada para esta segunda, dia 16, o folhetim assinado pelas inseparáveis Thelma Guedes e Duca Rachid se desenvolverá em torno da reencarnação de um dos líderes espirituais tibetano. Mas a dupla de autoras garante que a crença religiosa não será exatamente o foco do trabalho. Satisfeitas com o sucesso de Cordel Encantado, de 2011, elas querem repetir a dose. Priorizando, novamente, o aspecto ldico da trama e o visual da produção.

"Nossa proposta é que o budismo seja como um manto abraçando a novela. E, em qualquer ficção, o que deve prevalecer é a verossimilhança, não a verdade. Por isso, temos a fantasia como uma marca nossa", ressalta Thelma Guedes.

A Trama


A trama tem seu início na década de 1930, quando Franz Hauser, um herdeiro milionário vivido por Bruno Gagliasso, sofre um acidente no Himalaia e é levado para o fictício mosteiro Padma Ling. Até então cético e materialista, Fraz conhece o líder espiritual Ananda Rinpoche, papel de Nelson Xavier, com quem desenvolve uma forte amizade. A experiência muda sua vida. De volta ao Brasil, ele decide largar todo o conforto da convivência com sua família pelo amor de Amélia, uma operária vivida por Bianca Bin.

Mas a felicidade deles dura pouco. Insatisfeito com as decisões do filho, Ernest Hauser, encarnado por José de Abreu, consegue separar o casal. Já na década de 1940, Franz e Amélia voltam a se reencontrar por sua filha Pérola, de Mel Maia, que os budistas acreditam ser a reencarnação do mestre Ananda.

"É um Romeu e Julieta mesmo. São famílias que têm visões de mundo diferentes. E Pérola chega para harmonizar", completa Duca Rachid.

Fantasia e Liberdade


Apesar do budismo ser oriundo do Tibete, os conflitos recorrentes da província chinesa fizeram a produção da novela optar por locações no Nepal. Sob a direção de Amora Mautner, a equipe técnica e o elenco do folhetim passaram cerca de 20 dias no país asiático gravando em locais sagrados para a crença budista, como o Golden Temple e o Mosteiro de Shechen. Também foram usados diariamente, aproximadamente, 60 figurantes locais para dar mais realismo às sequências.

"É uma novela cheia de fantasia e liberdade. No Nepal, chegamos a gravar cenas com 15 mil monges entoando mantras. Foi emocionante", relembra Amora.

A viagem para a Ásia também foi importante para as equipes de cenografia, produção de arte e figurino. Lá, os profissionais puderam ver de perto as referências que buscavam para a trama. Como o núcleo dos monges budistas tem pouca variação de cores, alternando apenas entre o branco e o vermelho, a diretora de figurino Marie Salles teve de explorar os diferentes tons avermelhados para distinguir as vestimentas dos personagens.

"Descobri que há vários subtons de vermelho. Foi um trabalho intenso de tingimento até conseguirmos todos que queríamos", conta.

Mosteiro cenográfico

Já a cenografia teve de criar um mosteiro fictício aos moldes dos templos budistas do Nepal. Além de duas cidades cenográficas que recriam o Rio de Janeiro dos anos 1940, que somam 8 mil m².

"O trabalho de cenografia é extremamente psicológico, podemos ajudar o ator a ter um real sentimento de angústia apenas estreitando um corredor", acredita João Irênio, chefe da cenografia.

 

Monges, operarios, dançarinas de cabaré

Joia Rara conta com uma série de núcleos distintos. Entre eles, o dos monges budistas, o dos operários revolucionários, o do cabaré, o do cortiço e o da mansão da família Hauser. Um marca da dupla de diretores Amora Mautner e Ricardo Waddington na trama é a presença de alguns atores reincidentes de outros trabalhos, como os próprios protagonistas, Bruno Gagliasso e Bianca Bin, os vilões Nathalia Dill e Carmo Dalla Vecchia, além de nomes como Domingos Montagner, Marcos Caruso e Thiago Lacerda.

"Estamos com um elenco experiente nas mãos. Mas, mais importante que serem atores dignos de novela das oito, é que são nomes adequados aos papéis que estão interpretando", ressalta Ricardo Waddington, diretor de ncleo do folhetim. 

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