Raphael Montagner faz mudança radical para Escrava Mãe

Por - 24/05/16 às 18:04

Edu Moraes/Record

Depois de viver um personagem neonazista, na novela Vitória, Raphael Montagner está de volta às telinhas da Record, desta vez na pele de um verdadeiro bon vivant, o Thomas, em Escrava Mãe, trama que tem estreia prevista para a próxima terça-feira (31). 

Em conversa com a reportagem de OFuxico, o ator falou um pouco sobre as expectativas para o folhetim começar a ir ao ar, além de reforçar o quanto pareceu ter adorado realizar tal trabalho, que, aliás, já pode ser considerado bem importante em seus quase 14 anos de carreira. 

"Estou a um milhão por hora (risos). Para mim, o ‘filho’ (meu personagem) nasceu apenas na prática, ainda não vi nada, não vi como ficou a edição. Sonho em ver a obra como um todo (risos). Foi uma delícia fazer este personagem, acho que ele resume como o trabalho de ator tem que ser, flexível. O Thomas é do núcleo mais leve e cômico, ele é o mulherengo da novela, que usa de muita lábia para conquistar as mulheres, mas acaba se apaixonando pela Violeta (Debora Gomes). Esta paixão vai fazer ele ir contra todos os seus princípios e ela aproveita esse amor para fazer com que ele leve o ‘troco’, de certa forma, de tudo o que já fez. Também foi um desafio gravar cenas que fazem parte de outra época. O visual do meu personagem é muito bem alinhado, ele também é muito articulado, principalmente por ter feito faculdade. Claro que, mesmo no núcleo mais leve da trama, o Thomas tem seus conflitos e problemas, mas tudo é contado com muita leveza. A história é muito bonita, com certeza as pessoas vão se identificar, ainda mais pelo fato da trama ser mais dinâmica. O ator é um contador de histórias e estar com o frio na barriga, sempre se renascendo, é o que faz essa profissão ser muito boa", afirmou ele, com simpatia e carisma de sobra. 

Entre 2014 e 2015, Raphael deu vida ao neonazista Enzo e, além do talento que possui para a atuação, promete chamar a atenção dos telespectadores pelas mudanças em seu visual para o atual trabalho, que contam até com um belo emagrecimento, de aproximadamente dez quilos, peso que acabou ganhando para seu último personagem. 

"Desde a reta final de Vitória, já comecei a mudar a barba e o cabelo. A primeira coisa que me pediram, para Escrava Mãe, foi emagrecer, afinal meu personagem é mais intelectual do que físico. Então, comecei a fazer mais exercícios que trabalhassem a parte aeróbica e dei uma abandonada na musculação. Também sou ligado à área de educação física e isso me ajudou muito nessa parte", contou ele sobre este processo, antes de também falar sobre o laboratório que fez, para viver Thomas. 

"Quis ver alguma obra do nosso país que fosse ligada ao tema da trama e claro que escolhi Escrava Isaura. A pesquisa em livros foi bem importante, já que as figuras de linguagem não eram permitidas para este trabalho e queria saber um pouco sobre o jeito de andar, falar e me portar, de um modo geral. Os namoros também eram bem diferentes na época, os galanteios e o cavalheirismo eram muito mais notados do que a chamada pegação. Trabalhamos muito para o público acreditar que não estamos interpretando, que é tudo real, mesmo que não seja. Acho maravilhoso fazer personagens tão diferentes entre si, todo mundo acha que tenho carinha de ‘menino criado por vó’ (risos), mas este é o meu primeiro mocinho, fiz mais vilão, até o momento, na minha carreira. Sempre dou o meu melhor para o público e quero continuar trabalhando, sem preferência por um tipo específico de personagem, até porque os desafios é que são legais", falou o artista, deixando claro o quanto quer continuar fazendo projetos na Record. 

Ainda durante a entrevista, Raphael deixou claro o quanto o bom convívio com os colegas de elenco foi importante e aproveitou o momento para rasgar elogios aos outros atores que fazem parte do seu núcleo, como Milena Toscano, Roger Gobeth, Luiz Guilherme, Elina de Souza e Léo Rosa. 

"O convívio nos bastidores foi ótimo. Todo mundo era muito parceiro, mesmo com os percalços, afinal, sem união, não iria resultar em uma novela bacana. A convivência não só entre os atores, mas também com os outros profissionais que ajudaram a elaborar este trabalho, foi incrível. O nosso núcleo foi o primeiro a começar a gravar, porque nossos cenários ficaram prontos primeiro, então ficamos muito cumplices, todos me ajudaram a construir meu personagem", afirmou Raphael, também comentando sobre como é fazer parte de seu primeiro par romântico em novelas, com a atriz Débora Gomez. 

 

"Adorei trabalhar com a Débora, ela se entregou muito para o trabalho e me ajudou muito, me passou muita tranquilidade. Este foi meu primeiro par romântico em uma novela e a Débora foi uma super parceira", declarou o ator. 

Assim como seus colegas de elenco, Raphael espera que Escrava Mãe caia no gosto popular e seja mais uma das produções que devem trazer ainda mais sucesso e notoriedade para a Record. 

"Baseado no sucesso da Record, hoje, quero que a trama conquiste empatia como Os Dez  Mandamentos. A garra, o amor e a cumplicidade são os mesmos, em todas as obras da emissora. Sempre esperamos melhor e quero que siga o auge da casa, tanto quando se trata de números, mas também com relação à identificação do público com os personagens", finalizou o ator, super alegre e extrovertido. 

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