Raul Gazolla: “Errei. Mas esse caso reflete a falta de pais educadores”

Por - 01/12/09 às 18:46

Divulgação/Globo

Condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio a pagar R$ 8 mil à estudante Kiane Kelner Netto, por ter cuspido nela em outubro de 2007, Raul Gazola falou à reportagem de O Fuxico sobre o caso. Resignado, ele afirma que já havia pago R$ 5 mil, divididos entre os pais da jovem, e vai acatar a nova decisão.

“Essa história aconteceu há dois anos. Estava com minha filha, então com cinco aninhos, dentro do carro. Não dirigia em alta velocidade. Avistei que a menina vinha pela rua, distraída, e buzinei. Ela mostrou o dedo. Desci do carro, porque minha filha perguntou: ‘Papai, o que ela quis dizer com isso’? e fui tirar satisfações. Ela me olhou de cima a baixo e disse: ‘Fiz porque quis’. Não encostei a mão nela mas, numa atitude intempestiva, cuspi nela”, explicou o ator e diretor da Record.

Gazola contou que, logo que tomou essa atitude, retornou ao carro e telefonou para seu advogado.

“Ele disse para eu me preparar, porque viria processo. Não deu outra. A mãe da menina foi à delegacia e fez a descrição de um homem que desconheci. A descrição era de um elemento de alta periculosidade, que teria atacado a filha dela. Assumi o que fiz diante da Justiça. Não vou recorrer, quero que acabe logo isso. Eu já havia pago R$ 5 mil em juízo, metade para o pai, metade para a mãe. Os advogados deles quiseram mais, pediram R$ 50 mil. Agora foi determinado o pagamento de mais R$ 8 mil, junto às custas do processo”, disse Raul a O Fuxico.

Para o ator, a grande lição que fica, é a de que é preciso mais diálogo entre pais e filhos.

“Os pais modernos, por causa do trabalho, talvez, estão se limitando a ser pais provedores, deixando de ser pais educadores. Dão tudo para os filhos, em termos materiais e esquecem de educá-los. Os jovens estão metendo os pés pelas mãos, sem educação alguma. Na época, reuni minha família, contei o ocorrido e debatemos sobre o assunto”, desabafou.

Raul acredita ainda que, se não fosse uma figura pública, o caso não teria tomado tal proporção.

“Se eu não fosse um figura pública, isso não aconteceria. Ela estava diante dos amigos e cresceu. Quando a vi no fórum, parecia um anjo de candura ao lado dos pais, e não a menina agressiva que vi na rua. Ela me tirou do sério, porque eu estava com a minha filha. Não quero que, no futuro, minhas filhas xinguem as pessoas, batam ou coloquem fogo e depois venham pedir desculpas”, disse.

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