Regiane Alves se orgulha de suas vilãs na TV

Por - 30/06/13 às 10:40

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticias

A diversidade de papéis na carreira é um dos principais objetivos dos atores. E Regiane Alves segue esse mesmo caminho ao trilhar uma trajetória na tevê baseada em sua versatilidade cênica. Desde sua estreia em Fascinação, exibida pelo SBT em 1998, a intérprete da simpática Renata de Sangue Bom procurou seguir uma linha de personagens heterogêneas nas novelas – que vão desde vilãs, como a emblemática Dóris, de Mulheres Apaixonadas, até as periguetes, como a Cris de A Vida Gente.

"Sempre busquei e busco diversidade. Sempre me questionei se seria capaz de passar diversas emoções. Viver histórias diferentes é o grande barato da profissão", defende.

Regiane Alves se orgulha de suas vilãs, na TVNão é à toa que a atriz viu na personagem de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari a chance de dar vida a mais um papel fora da curva em seu currículo. Na trama, Regiane interpreta uma jovem que entra em desespero às vésperas de seu casamento com Érico, de Armando Babaioff, por ter sido o nico homem de sua vida. Logo depois, ela o trai com Tito, vivido por Rômulo Neto.

"O enredo do Érico e da Renata é uma história muito pouco falada em novela. Trata-se do fim e do desgaste de uma relação", aponta ela, que, 13 anos depois de sua estreia na Globo, em A Muralha, volta a trabalhar com os autores, que escreveram a personagem para a atriz.

"É muito bom quando alguém pensa em um papel especialmente para você. Eles queriam que eu fizesse muito. Além disso, volto a trabalhar com o Dennis Carvalho, 10 anos depois de 'Desejo de Mulher'", valoriza. 

Por estar no centro de uma história de traição de um namoro de infância, Regiane chegou a ter receio de interpretar o papel em um primeiro momento. Inicialmente, a atriz não quis cair na composição de uma personagem comum e temeu que não ficasse crível. Além disso, contou com poucas sequências durante a novela para apresentar a história até que o momento da traição se concretizasse.

"Os autores tinham medo da trama. Por isso, iam inserindo poucas cenas. Porém, precisas. Então, eu tinha de ser bem direta na minha atuação e mostrar a que a personagem veio", revela ela, que tirou referências do filme Entre O Amor e A Paixão. Com cerca de dois meses de novela, a atriz acredita que a personagem tenha sido aceita pelos telespectadores e não rotulada como vilã.

"O público curtiu o casal e foi então que eu relaxei. Mesmo com o lance da traição, eles ficam divididos em apoiar ou não", analisa.

Com duas protagonistas no currículo – a Ana Clara de Fascinação e a Joana de Beleza Pura , as personagens de maior destaque de Regiane foram suas vilãs: além de Dóris, a Clara de Laços de Família, também de Manoel Carlos. As feições angelicais da atriz contrapõem seus papéis com forte personalidades.

"Acho bom ser lembrada por vilãs. O José Luiz Villamarim diz que eu tenho alma de vilã. Às vezes, me pergunto por que me chamam para papéis com tanta personalidade. Será que sou assim? Sempre montei minhas personagens acima da minha pessoa", questiona.  

Com Sangue Bom, Regiane chega à sua décima novela na Globo. Todas com intervalos homogêneos de tempo – não mais do que um ano. Aos 15 anos de carreira, a atriz valoriza sua agenda concorrida entre um trabalho e outro.

"Entre uma novela e outra, é sempre bom fazer cinema ou teatro. É o único tempo que a gente tem. Desde o início, foi assim, nunca parei", explica ela, que coleciona passagens pela Band e SBT.

"Tudo é experiência. Não importa onde for, você sempre começa um trabalho como se fosse estreia. Não quero parar nunca. Nem diante do sucesso ou do fracasso", aponta.

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