Regiane Alves vibra com papel em nova série da Globo

Por - 29/09/17 às 13:00

Reprodução/Instagram

Já bem conhecida e com diversos renomados trabalhos em seu currículo, Regiane Alves só deve fazer ainda mais sucesso, como a prostituta Marli, em Cidade Proibida, série que estreou, há pouco tempo, nas telinhas da Globo. Em recente conversa com a equipe da revista Quem Acontece, a atriz falou, cheia de empolgação, sobre seu próximo projeto profissional.

“É uma grande história de amor: Marli é apaixonada pelo Zózimo (Vladimir Brichta), mas ele não é tão apaixonado por ela, pelo menos não no início da trama. O detetive é aquele homem que esconde um pouco o que sente, mas Marli vai se tornando parceira e companheira. Sempre com seus palpites femininos, ela consegue ajudá-lo nas tentativas de resolver os assassinatos. Está sendo maravilhoso. Marli é a mulher independente na série, tem sua casa, trabalha e deixa o Zózimo para ficar com outro cliente. Ou seja, é uma relação aberta: um sabe o que o outro faz e aceita. Ela tem uma esperança de amor, diz que o grande amor de sua vida é o Zózimo. Marli sofre muito porque ele a maltrata, diz que quer pagar por aquele serviço (o sexo)… Mas eles se completam. Não tem como não gostar desses dois (risos)”, contou a artista, antes de também falar um pouco sobre como foi seu processo de preparação, para tal projeto.

“Marli é uma personagem que mudou a forma como olho uma prostituta. Para vivê-la, assisti a vários filmes como: Los Angeles, Cidade Proibida (1997) e Viver a Vida (1962). Peguei várias referências do trabalho de Alfred Hitchcock. Também li o livro de Gabriela Leite (ex-prostituta, já morta, fundadora da ONG Davida, que defende os direitos dessas profissionais). Mas, na fase de preparação, tive um encontro com Lourdes Barreto, que foi prostituta na época em que se passa Cidade Proibida. Ela foi a primeira prostituta que chegou em Serra Pelada, trabalhou em Belém, Recife e Rio, e contou como era essa época de bordel e a relação com a cafetina. Ficamos três horas juntas, cada história era mais envolvente que a outra. Vi o quanto a gente tem que ter cada dia mais respeito ao próximo, não pode ter julgamento, nem preconceito. Lourdes foi com a filha (ao encontro) e me disse que era super rígida com a educação dos filhos, que estudaram nos melhores colégios. É uma posição na qual nunca tinha me imaginado. Tem gente que está na prostituição porque gosta, outras, por necessidade. Não saí triste desse encontro. Para ser sincera, saí dessa conversa com respeito maior ao próximo e admirando a potência, a força que as mulheres podem ter e, independentemente de qualquer profissão, até onde elas podem chegar”, declarou Regiane.

Além de Vladimir, a atriz contracena, em Cidade Proibida, com José Loreto e Aílton Graça. Nos bastidores da série, aliás, os artistas costumam chamar a si mesmos de “quarteto fantástico”.

“Nunca tinha trabalhado com Vladimir, José ou Ailton, e a gente costuma se chamar de 'Quarteto Fantástico'. É uma grande piada, uma grande alegria estar com eles. São três homens, eles têm as brincadeiras deles e eu brinco que têm que me respeitar porque sou a menina do grupo (risos). Eles são atores maravilhosos e cada um está muito bem em seu personagem. Quando estão os quatro juntos é de uma riqueza muito boa. Eu estou adorando tudo. A série está sendo feita como se fosse cinema, são três ou quatro cenas por dia, uma ou duas câmeras só. Os figurinos, as roupas, os carros, as locações… É muito prazeroso”, disse a conhecida artista, também comentando um pouco sobre as cenas mais ousadas que deve protagonizar, em seu atual trabalho na televisão, lembrando ainda do ensaio que fez, há 14 anos, para a revista Playboy.

“As cenas em Cidade Proibida são cenas mais técnicas e mais chatas de serem feitas, porque tem toda uma luz certa, uma posição certa, um take certo. Não é da forma que é editada no ar, que parece que é uma grande cena. É muito picotado tudo para ficar legal no ar. Não tenho esse problema (fazer cenas de sexo ou de lingerie). Já fiz no cinema também, tive de ficar nua. É uma coisa que faz parte da nossa profissão. Fiz a Playboy (em 2003) na época certa, com a personagem certa, que era a Dóris. Não me arrependo porque foi muito do jeito que eu quis. Era uma edição de aniversário e me deram liberdade para fazer com o fotógrafo que eu queria, maquiador, equipe… Foi ótimo fazer naquela época, quando a revista era ótima e boa e todo mundo comprava”, afirmou ela.

Assim como muita gente, Regiane luta, diariamente, para conciliar o trabalho com sua vida pessoal, inclusive quando se trata de deixar em dia os momentos de romance que costuma curtir, sempre que pode, com o maridão, João Gomez. Vale lembrar que os dois já são pais de dois meninos, João Gabriel e Antonio, de três e dois anos, respectivamente.

“Difícil é manter o romantismo o tempo todo no meio de duas crianças (risos). A gente tem que ter uns escapes, sair para jantar e ir ao cinema, sair para namorar. É algo que a gente tenta, tem hora que um está trabalhando de um lado, o outro do outro. Fica um pouco confuso, realmente tem que ter muito diálogo para ficar bem, para deixar tudo certo. Os filhos fortalecem a relação porque são um laço que vai ser para sempre. Eu sempre vou ser a mãe deles, e João sempre vai ser o pai. Vemos casais que se separam, que não se falam nunca mais, que tem processos e tal. Isso me deixa triste. Conversamos muito sobre isso. Essa relação de pai e mãe tem que ser boa, porque é eterna. Mas acho, sim, que filho fortalece. Estou há mais de sete anos com o João. O relacionamento passa por uma outra fase (com os filhos), que é uma fase muito boa, de estrutura, de base”, afirmou ela, também falando sobre os momentos em que se sente mais sexy.

“Me sinto sexy quando meu marido me deseja (risos). Ali, é a hora que você olha e fala: ‘Que bom’ (risos). Quando a mulher é desejada, ela se sente sexy, mas a sensualidade tem muito a ver com a sua atitude e o seu jeito. Às vezes, você fala algo e aquilo é extremamente sensual para a outra pessoa. Descobrir o seu feminismo, o seu feminino e qual a sua posição na sociedade, isso é extremamente sensual. Quem você é, a força que tem como mulher… Quando a gente tem essa posição, é mãe, administra a vida de todo mundo que está ao seu redor e ainda tem que se cuidar para ser bonita, você descobre qual o seu valor ali”, declarou Regiane.

Ainda durante a entrevista para a Quem, a atriz falou um pouco sobre como é a relação com sua sogra famosa, Regina Duarte.

“Regina é muito especial. Toda vez que a gente se encontra é maravilhoso, porque ela é uma pessoa muito criativa, ama o que faz, está sempre trabalhando. Às vezes, olho para Regina e não vejo minha sogra ou a avó dos meus filhos, parece minha amiga de profissão. Tenho uma admiração incrível por ela, que é uma grande atriz e faz parte da nossa história. Os meninos adoram a Regina, acham que ela é uma avó divertida. Meus pais (José, 70, e Maria, 67, que moram em Santo André, interior de São Paulo), sempre vêm quando pode, é uma delícia. Sinto falta de tê-los por perto”, falou ela, rasgando elogios à avó de seus herdeiros.

Mesmo com a correria que costuma tomar conta de sua rotina, Regiane não deixa de cuidar de sua boa forma e parece adorar praticar exercícios.

“Uma coisa que gosto muito é fazer atividade física. Grávida, eu fazia ioga e hidro, agora estou no pilates. Já fiz muay thai e vou alternando os exercícios. Agora, eu tenho dois filhos, né (risos)? Estou o tempo todo brincando com eles e todo mundo fala: ‘Você está mais magra’. Mas é que é uma atividade com eles que não paro. A hora do descanso é à noite, quando eles vão dormir ou quando vou trabalhar. Aí brinco: ‘vou descansar agora’. Prezo muito mais pela saúde que pela parte estética. Claro, fazendo uma prostituta tem cenas de lingerie. Aí, você fica um pouco mais preocupada e segura a alimentação. Mas eu sempre busco o equilíbrio. Se manter saudável é a melhor opção”, contou ela, antes de fazer um tipo de balanço da carreira que construiu.

“São 20 anos já, e a carreira é construída a cada passo, devagar e sempre.  A minha carreira foi construída assim, com bons personagens, escolhas… De vez em quando, você recusa um trabalho que não era tão legal até chegar nesse momento de ter um papel como a Marli, realmente bem feita, e estar pronta para esse papel. Nunca é ir em busca do sucesso, mas da construção da sua carreira. O sucesso ele acaba chegando, ele é uma passagem. A sua carreira continua é feita de acertos, fracassos e erros. Dos meus personagens, tenho muito carinho pela Rosália de A Muralha (2000), que foi minha primeira série e foi linda. A Dóris é imbatível, e adoro a Belinha de Cabocla (2004). Talvez nesses anos todos de carreira, estivesse me preparando para fazer uma personagem como a Marli. Estar perto dos 40 e saber quem eu sou, eu sou isso e posso fazer isso, sem me sentir insegura. A vida estava me preparando para chegar até agora e receber a Marli”, finalizou a artista, visivelmente feliz e satisfeita, com sua vida profissional.

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