Regina Casé: “O Esquenta parece mais uma escola de samba”

Por - 17/05/13 às 07:45

Pedro Paulo Figueiredo /Carta Z Notícias

Regina Casé, aos 59 anos – e às vésperas de completar quatro décadas de carreira –, e só elogios ao Esquenta. Satisfeita com a boa audiência e repercussão da programação nas tardes de domingo na Globo, a apresentadora não se intimida ao dar entrevista com um discurso exageradamente positivo sobre a atração.

"Já teve quem me dissesse que quando está rolando a pelada e o Esquenta começa, o juiz para o jogo para a galera assistir", exagera.

O programa, que estreou no Carnaval de 2011 e era veiculado durante o verão, recentemente passou por adaptações. Além da mudança de horário – passa a ir ao ar após Temperatura Máxima –,  agora o Esquenta está na grade fixa da emissora até o final de 2013.

"Vai continuar exatamente igual. Até porque em time que está ganhando não se mexe", afirma, ao ser questionada sobre possíveis mudanças no conteúdo da produção. 

Apesar de ter atuado em filmes, cinema, teatro e novelas como a Rosalva do folhetim As Filhas da Mãe, de Sílvio de Abreu, e a Clotilde de Vereda Tropical , Regina teve sua carreira predominantemente marcada por trabalhos como apresentadora. Programa Legal, Central da Periferia e Minha Periferia foram algumas das produções comandadas por ela.

Com a principal característica de serem gravadas dentro de comunidades, a ida para os estúdios do Projac foi um dos receios da apresentadora no início.

"O maior medo que eu e minha equipe tínhamos era vir para o estúdio. Cheguei a pensar que não íamos funcionar bem longe das ruas", confessa, ao falar que sente falta de tal proximidade direta com o público.

Porém, Regina também faz questão de salientar um dos pontos positivos da gravação do Esquenta ser feita em estúdio.

"Quando eu visitava favelas que eram dominadas por facções criminosas rivais, eu não podia falar das coisas boas das outras comunidades. Agora não tem isso, o Esquenta junta todo mundo", argumenta. 

Para Regina, que atualmente se dedica integralmente ao programa, entrar no ar ao vivo seria uma realização.

"Gosto muito do improviso, de ter de desenrolar as coisas na hora. Às vezes, sinto falta disso", admite. No entanto, na sequência, a apresentadora logo explica que não seria possível. Afinal, alguns de seus companheiros de trabalho são músicos e, provavelmente, não estariam disponíveis aos domingos. Radiante com o carinho que recebe das pessoas não só nas ruas como de sua produção, ela faz questão de contar alguns depoimentos que já escutou.

"Já teve gente da produção que me disse que trabalha na Globo há mais de 30 anos e nunca foi tão feliz quanto colaborando com o Esquenta", assegura. 

Nascida e criada em Copacabana, na Zona Sul do Rio, Regina está satisfeita com seu momento profissional e com a boa aceitação do programa junto ao público. A apresentadora quer que o Esquenta se torne mais que um lugar comum de diversão para todos.

"Meu desejo é que cada lugar que estiver com a televisão ligada no Esquenta torne-se uma célula, um 'point' de alegria", define. 


Quando o assunto é seu figurino extravagante, a apresentadora amplia a resposta e aproveita para tecer elogios à produção de todos.

"De forma geral, os figurinos são incríveis, eles criaram a cara do programa. O Esquenta mais parece uma escola de samba", define.

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