Regina Duarte recebe convite de Bolsonaro para assumir Secretaria Especial de Cultura: ‘Me assusta muito’

Com a demissão de Roberto Alvim do cargo de Ministro da Cultura, o presidente Jair Bolsonaro fez um convite a Regina Duarte para assumir o posto. Na sexta-feira (17), o presidente da república telefonou para a atriz formalizando o convite para que ela assumisse a Secretaria Especial de Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo.

Bolsonaro aguarda uma resposta de Regina Duarte. A atriz disse que definirá até segunda-feira (20).

"Estou com este convite, me assusta muito. Não é a primeira vez que sou convidada para esse cargo, me assusta muito, porque tem um ministério complicado aí", disse a atriz, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Apoio ao governo

Bolsonarista, Regina Duarte já havia sido convidada para integrar o governo no início do ano passado, mas recusou. A aproximação dela e o presidente começou ainda na campanha eleitoral de 2018. Na ocasião, a atriz visitou o então candidato em sua casa, no Rio de Janeiro, e imagens do encontro foram divulgadas nas redes sociais.

A atriz sempre se posicionou a favor do presidente e elogiou a política do governo no setor.

"Eu não estou preparada, não me sinto preparada para isso, acho que a gestão pública é uma coisa muito complicada e uma pasta como a da cultura muito mais", disse ela à Jovem Pan.

Demissão por motivos racista

Roberto Alvim foi demitido na sexta-feira (17), após ter copiado frases de um discurso nazista, em um pronunciamento oficial da pasta. Alvim publicou nas redes sociais um vídeo no qual fez um discurso com frases semelhantes às de Joseph Goebbels, ministro da propaganda da Alemanha nazista. Ele era o braço direito de Adolph Hitler.

A gravação de Alvim repercutiu fortemente nos meios político, jurídico e artístico. Até a definição do novo secretário, assume interinamente José Paulo Soares Martins.

Críticas a Alvim

Regina Duarte criticou a nomeação do então Secretário, em novembro, quando ele assumiu a Secretaria de Cultura. Nas redes sociais ela elogiou a decisão de Bolsonaro em mudar a pasta de ministério (da Cidadania para o Turismo), mas também disse não 'aprovar' totalmente a escolha do ex-diretor da Funarte para o cargo.

"Não posso dizer que aprovo esta nomeação. Quem me conhece sabe que se eu pudesse opinar, teria sugerido outro perfil de pessoa para ocupar cargo de tal responsabilidade. Alguém com mais experiência em gestão pública e mais "agregadora" da classe artística", escreveu na época.

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