Regina Duarte, sobre apoiar governo: ‘Sou chamada de fascista’

Regina Duarte relembrou momentos marcantes da carreira na madrugada desta quinta-feira (30). A atriz foi a entrevistada da vez no Conversa com Bial, da Globo. O bate-papo variou entre as suas inesquecíveis personagens de novelas e o seu posicionamento político.

Com relação à carreira na televisão, Bial recordou o título de namoradinha do Brasil. Regina acredita que, atualmente, o país tem várias namoradinhas, e, se não tem uma única, é porque as atrizes foram acostumadas a interpretar diversos tipos de papéis nas mais variadas tramas.

Os 40 anos da estreia de Malu Mulher, série exibida de 1979 a 1980 na emissora, criada e dirigida por Daniel Filho também foi assunto. A personagem Maria Lúcia Fonseca buscava independência financeira, respeito no trabalho e liberdade no amor, diante de telespectadores da sociedade conservadora da época.

“Existia uma nova mulher na sociedade e era necessário falar dela”, ressaltou.

Apesar disso, Regina disse que nunca se considerou feminista:

"Eu nunca me declarei feminista, mesmo fazendo Malu. Eu achava que não era por aí, que tinha caminhos intermediários, que tinha que negociar mais, que não podia se afastar do homem".

Ainda sobre essa postura:

“Embora tenha tido atitudes de vanguarda, sempre fui e continuo conservadora”, completou.

Logo após esse gancho, o apresentador quis saber mais sobre o apoio de Regina ao presidente Jair Bolsonaro:

"Em 2002, fui chamada de terrorista e hoje sou chamada de fascista, olha que intolerância? E eu achando que estava vivendo em uma democracia, onde tenho direito de pensar de acordo com o quero, onde respeito quem pensa diferente de mim, não xingo ninguém.”

Em seguida, Regina se socorreu de um papel e começou a ler o que deveria mudar principalmente na Lei Rouanet.