Relembre a história de Jesus Cristo Superstar antes da estreia, em São Paulo
Por Redação - 14/03/14 às 12:02
Já faz mais de 44 anos que Andrew Lloyd e Tim Rice lançaram Jesus Cristo Superstar nos palcos da Broadway e, desde então, a peça causa polêmica por onde passa ao redor do mundo. A Ópera, que já nasce inovadora por se juntar ao Rock nas composições, conta os últimos nove dias da vida de Jesus Cristo, segundo a visão de Judas Iscariotes e Maria Madalena, o que dá à dupla os papeis protagônicos na montagem. Além disso, a atualização do enredo, como se a história do rei cristão acontecesse nos dias atuais também abalou o mundo.
Quando foi encenada nos Estados Unidos, em 1970, a peça se tornou vanguarda dos movimentos hippie e das revoluções de 1968 contra o sistema capitalista. Duas linhas de pensamento que mudaram a juventude da década e expressaram as lutas de liberdade de expressão, do feminismo e a revolução sexual do período.
É claro que movimentos conservadores se mostraram contra a produção, mas não há registro de que o texto de Lloyd e Rice tenha sido censurado em todos esses anos. Aqui no Brasil, a nova montagem, que tem Igor Rickli, Negra Li e Alírio Netto nos papeis principais, também causou bafafá. Com petições na internet, alguns grupos extremistas cristãos são contra a estreia da montagem. No entanto, em 1972, Vinicius de Moraes já escreveu uma versão para os palcos com Eduardo Conde no papel de Jesus.
Não é novidade ter a Opera-Rock na nossa terrinha, apesar de ser um prazer, novamente. Ainda em 1972, a Suíça também exibia uma das montagens clássicas da peça, a canção I Don’t Know How To Love Him ficou em primeiro lugar nas paradas do país quando a peça estreou por lá.
E não dá para dizer que os produtores não fizeram sucesso com o texto. Entre Budapeste (1971), Londres (1972) Paris (1973), São Paulo (1972) e Sidney (1992), há versões que marcaram a história do musical ao redor do mundo. O álbum em estúdio da versão de Sidney causa interesse no público até hoje. Paul Nicholas deu vida à Jesus na primeira montagem britânica, que ficou 8 anos em cartaz e foi convidado para celebrar o 20º aniversário da montagem, em 1992.
Com direção artística de Jorge Takla e musical de Vania Pajares, a peça estreia nesta sexta-feira (14) no Complexo Cultural Tomie Ohtake, na zona oeste de São Paulo, e marca a estreia de Negra Li nos palcos musicais e o retorno de Igor Rickli ao teatro, depois de ter vivido Alberto em Flor Do Caribe, na Globo.
Os ingressos podem ser adquiridos por valores entre R$25 e R$220 para as apresentações, que acontecem às quintas e sextas-feiras, às 21h; sábados, às 17h e 21h e domingos, às 18h.
Não dá para perder esse marco da cultura contemporânea.
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