Relembre a trajetória e os principais papéis de Lucio Mauro

Por - 12/05/19 às 10:20

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Lúcio de Barros Barbalho, o Lúcio Mauro, morreu aos 92 abos na noite de sábado (11). Mas seu legado será inesquecível.  Ele atuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de 20 anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do ator Mário Salaberry, marido da atriz Zilka Sallaberry. 

O grupo faria uma turnê por algumas cidades, incluindo Recife (PE), onde Lúcio pretendia prestar vestibular para a Faculdade de Direito e seguir para o Rio de Janeiro. Na viagem para o Rio, sofreram um acidente no qual Lúcio ficou muito machucado e Salaberry morreu.

Arrasado, voltou para o Recife, onde conheceu o comediante Barreto Júnior, dono de uma companhia de teatro com sede na cidade. 

Ele ficou nove anos por lá, encenando peças. Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, atuou em seu primeiro programa humorístico na televisão, o Beco sem Saída, no qual contracenava com José Santa Cruz. Foi, então, chamado por Walter Clark para trabalhar na TV Rio, no Rio de Janeiro, com sua mulher na época, a atriz Arlete Salles.

TV GLOBO

Em 1966, Lúcio Mauro estreou na Globo, no humorístico TV0-TV1, ao lado de Jô Soares, Agildo Ribeiro, Paulo Silvino e outros, sob direção de Augusto César Vannucci.

Dois anos depois, criou e dirigiu na Globo o humorístico "Balança Mas Não Cai" (1968), escrito por Max Nunes e Haroldo Barbosa, e transmitido, ao vivo, até 1971. O programa tinha o quadro Ofélia e Fernandinho, estrelado por ele e Sônia Mamede.

Em 1969, esteve no programa de variedades Alô Brasil, Aquele Abraço (1969). Um dos apresentadores das atrações regionais, como representante da região Norte, ficou em último lugar em uma das competições e recebeu como castigo lavar a cabeça da estátua do Cristo Redentor.

Ele trabalhou tambem no musical Viva a Revista! (1969) e foi ator e diretor do programa de humor Uau, a Companhia (1972). Quando o Balança Mas Não Cai foi para a TV Tupi, nos anos 1970, Lucio acompanhou os colegas do programa e deixou a Globo por um tempo. Mas voltou para integrar o elenco de Chico City, no final da década. 

Em seguida, voltou a dirigir e atuar na nova versão de Balança Mas Não Cai (1982) e dirigiu o semana A Festa é Nossa. Ainda na década de 1980, Lúcio Mauro participou de Chico Anysio Show (1982) e Os Trapalhões (1989), revivendo com Nádia Maria a dupla Fernandinho e Ofélia. 

Em 1983, interpretou o médium Chico Xavier no Caso Verdade Chico Xavier, um Infinito Amor. Em 1988, fez uma participação na minissérie O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, como Dr. Quindim.

Na década de 1990, viveu Aldemar Vigário, da Escolinha do Professor Raimundo. Trabalhou em um episódio de Você Decide (1992), foi do elenco de Malhação (1995), como Dr. Palhares, pai do Mocotó (André Marques), e atuou na novela infantil Caça-Talentos (1996), com Angélica.

Em seguida, integrou o elenco de Chico Total (1996). Em 1998, encarnou o bicheiro mafioso Neca do Abaeté na minissérie Dona Flor e Seus Dois Maridos. Viveu o advogado Nonato na segunda versão da novela Pecado Capital, de Glória Perez ; atuou em um episódio de Sai de Baixo e participou em Meu Bem Querer, de Ricardo Linhares.

A partir de 1999, Lúcio Mauro retomou ao Zorra Total e refez o quadro Fernandinho e Ofélia, com Claudia Rodrigues. Em 2001, voltou à nova temporada da Escolinha vivendo o popular Aldemar Vigário. Participou de Os Normais, A Grande Família, A Diarista, Sob Nova Direção, Programa Novo, Faça a Sua História, nas novelas Paraíso Tropical e A Favorita, esteve na série Casos e Acasos e em 2015 emocionou a todos com uma participação na nova Escolinha. 

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