Renato Albani lança livro para ‘fazer o Brasil rir lendo’ e revela o segredo de seu sucesso

Renato Albani deu um passo para “eternizar” ainda mais sua carreira no humor do Brasil. Na última terça-feira (15), o humorista lançou o livro “É Raro, Mas Acontece Muito”, que apresenta uma seleção de crônicas adaptadas do seu stand up comedy, incluindo temas como “Experiência de quase morte”, história verídica sobre acontecimento inusitado durante um voo, e “Saltei de paraquedas”, experiência única detalhada pelo próprio Albani.

Em conversa com o OFuxico, Renato Albani brincou sobre o fato de lançar o livro, dizendo que quer seguir a cartilha de “plantar uma árvore, lançar um livro e fazer um filho”, mas, na verdade, o humorista quer “fazer o Brasil rir lendo”.

“Eu acho muito legal essa ideia de você eternizar alguma coisa em livro. É aquele negócio ‘Você tem que plantar uma árvore, fazer um filho e lançar ter um livro. Pronto, falta o filho, já já estamos fazendo (risos). Mas a mensagem do livro, é que de comédia, que é muito difícil a gente achar, um livro de comédia de qualidade. E é um livro leve onde o Brasil, que não tem essa cultura da leitura, possa se divertir qualquer, pessoas de qualquer idade possam dar risada lendo um livro, que é difícil dar risada lendo uma coisa, então espero que as pessoas gostem, comprem o livro e se divirtam”, disse.

Um dos poucos humoristas que tem espaço na televisão hoje em dia, Albani confessa que o jeito de abordar os assuntos de forma leve e sem entrar em assuntos polêmicos é o que ele acredita que seja o principal para os convites acontecerem.

“Eu não gosto muito de falar de política, de tema polêmico, mas não por medo e sim pelo meu público. Quero que ele se divirta, dê risada, então evito esses assuntos que possam vir a trazer polêmica. Nunca tive problemas com relação a cancelamentos, apesar de achar que isso vai acontecer logo logo. Você só tem que ter cuidado com o que você fala na piada, mas o assunto a gente pode falar com tudo, acho que isso pode ser o principal fator que me ajuda a ter esses convites na televisão”.

Apesar do enorme sucesso no Brasil, inclusive com um show que vai levar 7 mil pessoas a assisti-lo em Belo Horizonte, Minas Gerais, Albani não se abala com tanta notoriedade, assim como também não liga quando as críticas chegam.

“Eu nunca liguei muito para elogio e nem para crítica porque a gente vai ouvindo a resposta do público para entender se a gente está realizando um bom trabalho, mas isso não me derruba, caso seja criticado. Eu continuo trabalhando do mesmo jeito para tentar conquistar mais público tentar chegar em mais gente. É impossível você contemplar todo mundo com uma piada, né? Hoje em dia, cada vez pior ainda porque todo mundo se acha no direito de julgar o trabalho do outro, mas eu vou seguindo de olho no contexto atual e sem ofender ninguém com o sentido apenas de divertir o meu público”, explicou.

Questionado ao que definiu ser a “pergunta de US$ 1 milhão” sobre o limite do humor na atualidade, Renato Albani não crê que isso existia, mas revela que, analisando o cenário que está, o humor não tem limites.

“O humor é um negócio muito pessoal, cada um acha a graça de uma coisa. Então, a gente nunca vai agradar todo mundo com uma piada e nem desagradar todo mundo com uma piada. O segredo é saber onde você faz, saber reconhecer o seu público, saber reconhecer as coisas, o cenário em que se está e fazer as piadas que vão agradar a maioria pelo menos. É impossível agradar todo mundo com uma piada. Mas o Brasil é recente no standup, a gente vai evoluir muito”, finalizou.

Atualmente, Renato Albani está em turnê com o espetáculo “Assim Caminha a Humanidade”, seu quarto show solo. No contexto, retrata os anos de 1990/ 2000, utilizando referências como programas de auditório, desenhos animados, amigos de infância, relacionamento familiar e a agitada rotina entre os casais.