Renato Aragão reclama da falta de salas para filmes populares
Por Redação - 05/01/06 às 11:23
O ex-trapalhão Renato Aragão costuma lançar um filme por ano, nas férias escolares. Nesta sexta-feira, dia 6, seu mais novo trabalho, Didi, o Caçador de Tesouros, estréia em circuito nacional, com 150 cópias espalhadas pelo país. Apesar de seu sucesso, ele afirmou, em entrevista a O Globo, que faltam salas de exibição para os filmes populares. Segundo Renato, a culpa é da hegemonia norte-americana, que faz com que qualquer novo Harry Potter tome a frente do Didi, na fila por mais salas.
Na entrevista, ele conta que teve prejuízo em dois dos seus trabalhos, por falta de local para exibição.
“Eu deixei de ganhar dinheiro nos meus dois últimos filmes, Didi, o Cupido Trapalhão e Didi Quer Ser Criança, por falta de salas”, explicou. Com um exemplo bem claro do que diz, aproveita para alfinetar os filmes estrangeiros.
“Quando lancei o Cupido Trapalhão, eu ia entrar com 250 cópias. Aí chegaram os americanos, com toda a prepotência de quem tem dinheiro, e pediram 400 salas para o Hulk. Fiquei com 150 cópias. E fiz mais nelas do que o Hulk conseguiu em suas 400 telas (ao longo de 18 semanas em cartaz, Hulk, que estreou em 427 salas, vendeu 1.702.109 ingressos — 56.470 a menos do que Didi, o Cupido Trapalhão) . Se tivessem me dado as 250 que eu queria, teria feito o dobro de espectadores. Mas, o americano impõe: se o Hulk não puder entrar com 400 cópias, um outro filme, que lote salas, não entra. Ficamos com o que sobra”, diz.
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