Rita Cadilac: ‘A Rita que fez book rosa precisava sobreviver’

Há poucos dias, algumas matérias começaram a circular contando que Rita Cadilac assumiu ter feito o famoso book rosa, tão explorado na série Verdades Secretas, da Globo.

A reportagem de OFuxico teve um bate papo com Rita, que fez questão de esclarecer o assunto, além de opinar sobre esse tipo de trabalho e comentar a conversão de Andressa Urach, as propostas que ainda recebe para fazer programas, o namoradão americano e os shows agendados por todo o país. Confira!

OFuxico – O que está acontecendo que deixou a Rita Cadilac tão chateada, a ponto de andar postando que está ‘cansada de levar pedradas’?

Rita Cadilac – Vida minha, é essa porcaria de book rosa. Só eu que levo pedrada?. Cansa isso. Muita gente fez e não contou, ou contou e nunca teve tanta pedrada como estou levando. Nos últimos dias estou frágil, por conta da minha cachorrinha, a Angel, que está com seu diabetes descontrolado. Tem hora que não estou boa e qualquer coisa me deixa pra baixo. Essa história do book rosa me pegou muito pra baixo, uma semana indo pra veterinário, cuidando, sem dormir direito, e daí acordo e vejo uma notícia dessas’Rita Cadilaca confessa ter feito o book rosa’. Aí começaram os comentários maldosos.

OF – O que comentaram?

RC – Gente que não tem o que fazer. Pra ter ideia, uma pessoa escreveu ‘ela saiu com meu primo e ele pagou R$ 7.500 pela noitada’. Oi? Quem é o cara? E cadê esse dinheiro que nunca vi? Coisas que começam a falar e irritam por não serem verdadeiras.

OF – Você realmente contou sobre esse book, não é?

RC – Sim, mas disse isso no meu documentário. Aliás, na época do documentário (Rita Cadillac: A Lady do Povo,  lançado em 2007) não teve tamanha repercussão como agora. Lá eu conto como o que aconteceu.

OF – E o que aconteceu?

RC – Fiz o tal book rosa quando tinha 17 anos e nem era Rita Cadilac ainda. A Rita Coutinho fez isso para sobreviver. Tinha acabado de me separar, com um filho no colo. Isso é muito chato. Mas só eu fiz? Não me interessa  quem fez, quem faz. Quando eu fiz, era uma menina desconhecida que precisava de grana para sobreviver.

OF – Esse tipo de assunto se torna chato para você, não é?

RC – Se torna, porque eu tenho família, tenho filho, neta, amigos e pessoas queridas que me respeitam. Esses comentários idiotas me deixam doida. Chorei muito por estar sensível, ao ler os comentários da matéria recente que resolveram fazer. Quando estou forte mando todo mundo para aquele lugar e pronto. Ninguém tem nada a ver com minha vida. Olha, nem brincar eu posso com o assunto. Na semana passada, ia vestir minha cachorrinha de rosa, a Angel, e ia postar a foto dela dizendo que era a verdadeira dona do book rosa. Não fiz, porque já imaginei as porradas que viriam.

OF – A Andressa Urach contou em livro que chegava a cobrar R$ 15 mil por um programa. Isso realmente pode

acontecer?

RC – Cada um faz o que quer, né? Sei lá, se cobrou isso e pagaram, só ela mesma para confirmar.

OF – Você ainda recebe propostas para programas ainda?

RC – Já recebi e recebo, mas não quero mais. Outro dia, fui fazer um show e vieram me dizer que havia alguém querendo me contratar. Eu perguntei onde era o show e a pessoa disse que não era bem show, que queria sair uma noite comigo. E que pagaria bem. Isso não tem mais nada a ver comigo. A minha praia é minha casa, meus  amigos, meu trabalho. Quem faz ou deixa de fazer, problema da vida deles. Faz mal a pessoa que pratica, isso é a verdade.

OF – Rita, o que você acha das subcelebridades que fazem de tudo para aparecer como fez Andressa Urach?

RC – Acho errado, a Urach não precisava disso. Sempre foi bonita, não soube se dar valor. As meninas acham que isso é um passo pra subir. A Andressa chegou no fundo do poço. Graças a Deus ela pode parar e aproveitar voltar a vida, ser a Urach antes de qualquer coisa ruim que fez a ela mesma. Ela que sofreu as consequências, hoje está tudo belo, mas as consequências são dela. Não aconselho. Fazer programas, depois tudo vem à tona e sofre pra caramba, como eu sofri. Não precisa. Se na época eu já fosse a Rita Cadilac, hoje estaria num desespero só. Repito aqui, quem fez programa foi a Rita Coutinho.

OF – Você se arrependeu?

RC – Errei, apaguei da minha mente. Só falei disso de novo em documentário, porque não podia ocultar da minha vida. Quando você resolve fazer uma biografia, um documentário sobre sua vida, você tem que contar toda sua vida e não omitir. É bom falar eu errei.  Na época, eu poderia ter partido para a outra, mas essa foi a solução que eu encontrei para aquele mmento de desespero. E não faço mais. Se eu fizer de novo, vou avisar ao pessoal do OFuxico para publicar! (risos).

OF – Voltando ao caso da Urach, você acredita que ela realmente se converteu e se arrependeu ou isso é mais uma

jogada de marketing para se promover de outra maneira?

RC – Acho que ela se recuperou disso tudo graças a Deus. Acho que sim. Não a vi nunca mais. Acho que não seria louca de usar como marketing, não levaria a nada isso. Creio que a Andressa repensou a vida, pois por pouco não morreu.Viu que estava errada e realmente se regenerou, é o que penso.

OF – Rita Cadilac já fez plástica?

RC – A única que fiz na minha vida, foi colocar silicone nos seios há uns 10 anos.

OF – Quantos ml?

RC – Coloquei cerca de 200 ml em cada seio.

OF – Nenhum outro procedimento?

RC – Nenhum. Adoraria colocar botox. Se algum médico sério e competente estiver lendo essa matéria, e quiser medar de presente, eu aceito! (risos). É muito caro, só faço se ganhar.

OF – Você malha para ter esse corpo bonito aos 61 anos de idade?

RC – Que nada (risos). Estou sendo obrigada a fazer fisioterapia, porque dia desses torci o joelho correndo com a

minha cachorrinha. Vou ter que operar o menisco, mas antes tenho que fortalecer a musculatura. Daí recisei começar a fazer exercícios. Ah, e o bumbum é todinho meu, tá? Não tem nada de silicone ali!

OF – Como está sua agenda de trabalhos?

RC – Graças a Deus bem cheia! Pra ter ideia, fiu e voltei para três estados diferentes em três dias. Não posso deixar a Angel sozinha, então vou, me apresento e volto. Agenda bem cheia de shows. Semana que vem estarei na Bahia e em Cuiabá. Tenho bastante trabalho, graças a Deus!

OF – Sobre as organizações para ir às ruas e protestar contra o governo, você tem participado?

RC – Participo. Se puder ir eu vou. Quem sustenta uma casa sabe o que esta acontecendo, quem tem que ir ao mercado sabe o que etsá acontecendo. Minha conta de luz veio um pavor este mês: R$ 180. Vivo só eu e minha cachorrinha, nem ar condicionado tenho, como pode? Sempre que puder, vou bater de frente, faço panelaço, vou araas ruas. Neste dia 16, se não estiver trabalhando, vou pra rua protestar sim.

OF – Essa história de renda bem ou mal dividida. O que você acha? Como poderia ser melhor?

RC – Claro que tudo poderia ser melhor e bem dividido. Acho que está tudo vergonhoso. Nada está bem dividido, sabe. Educação, saúde, tudo absurdo. O preço de um remédio… Tinha que fazer um exame de ressonância pra ver meu joelho, o valor era de R$1.600. Quem pode pagarisso? Vou ter que pagar convênio de novo. Estou me tratando na Santa Casa de São Paulo, ganhei meu tratamento lá. Mas faltam muitas coisas. A fila do susSUS ou de um médico particular está enorme. E quem tem grana? Um pai de família não suporta isso tudo. Quem não tem grana fica nessa. E quem tem diz que ainda vai melhorar tudo. Não dá. Vejo o monte de lojas fechando a todo momento. A 25 de março tem loja fechando. O bairro da Santa Cecília tem lojas fechando. Olha só o país  que temos. Terá um respiro sim, mas não é agora. Muita gente desempregada. Quantos pais na rua. Como se sustenta? Triste ver isso. Eu brigo, reclamo, faço de tudo que puder, temos que mudar este país.

OF – Ritinha está namorando?

RC – Estou! O Mike mora em Nova York e estamos juntos há quase três anos. Quando posso vou para encontra-lo, quando ele pode vem pra cá. Estamos bem. Assim fica melhor o relacionamento, sem se ver todo dia. Aí, quando vê, mata a saudade!

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