Rita Guedes quer investir em roteiros para cinema
Por Redação - 21/04/13 às 10:02
Antes de cada novo trabalho, os atores costumam mergulhar em um processo de construção do personagem. Rita Guedes, no entanto, se viu na contramão desse movimento. Na hora de encarnar a recatada Doralice de Flor do Caribe, a atriz abandonou a sensualidade e a vaidade recorrentes em seus papéis na tevê. Sem espaço para decotes, maquiagem e glamour, esta paulista de surpreendentes 41 anos sempre desejou interpretar tipos mais simples na televisão. E viu sua grande oportunidade no convite do diretor Jayme Monjardim para o folhetim de Walther Negrão.
''Por 20 anos, eu sempre fui vista como a sedutora e gostosona. Personagens bons, mas de uma linha em que eu já sabia que eu funcionava. O Jayme disse para eu desmontar essa imagem sedutora", conta ela, que chegou a duvidar se teria essa chance na tevê.
"Acho que seria bem difícil outro diretor pensar em mim para fazer esse papel", confessa.
Animada com o convite, Rita se dedicou ao máximo no processo de composição da personagem. Para assumir a personalidade melancólica e introspectiva que Doralice pedia, a atriz passou por um período de retiro pessoal.
"Me afastei de tudo. Sumi no Carnaval. Desenvolvi um trabalho interno forte e preferi me isolar. Procurei a doçura e a sensibilidade que a personagem demanda", explica ela, que, para viver a chefe de cozinha, teve aulas de culinária com Ana Rita Menegaz, chef' do Palácio da Guanabara, residência oficial do governador do Rio de Janeiro.
"Fiz laboratório de culinária para ter postura, aprender a cortar os alimentos de forma correta e a manusear os utensílios. Agora, corto de olhos fechados", brinca.
Na trama, a personagem de Rita é esposa de Quirino, interpretado por Aílton Graça. Doce e romântica, ela é governanta na casa Dionísio Albuquerque, de Sérgio Mamberti. Após o casamento, Doralice decide adotar uma criança junto com o marido para suprir seu desejo de ser mãe.
"Quando li a sinopse, logo vi que ela é um exemplo de mulher brasileira que é honesta e batalhadora. Teve um passado dramático e, aos poucos, isso vai sendo revelado", adianta a atriz, que em nenhum momento sentiu sua vaidade abalada por conta do papel mais recatado.
"Já fiz muito o lado glamuroso. E, quando estava glamurosa, me emocionava com os trabalhos mais minimalistas, mais verdadeiros", lembra.
Sem um papel longo em televisão desde Eterna Magia, de 2010, Rita aproveitou a folga das novelas para se aperfeiçoar e estudar interpretação nos Estados Unidos, onde morou por cinco anos. E afirma que os resultados dos cursos para cinema e tevê que fez no exterior têm influência direta em seu atual trabalho.
"Estudei com coaches de pessoas que admiro. Vi que podia aproveitar boas oportunidades ali. Atuar em uma língua diferente me deu muita segurança em cena", ressalta ela, que fez cursos sobre os mais variados gêneros cênicos, como comédia de situação, de vilãs, de dramas e de filmes de ação.
Apesar de sua carreira ter se iniciado no teatro aos 14 anos, a atriz pretende dar um tempo dos palcos e investir massivamente no cinema após o folhetim de Walther Negrão. Rita acredita estar no momento ideal para colocar em prática as técnicas aprendidas no exterior. Por isso, irá atuar na coprodução do longa de ação Ninho de Feras no próximo semestre.
"Acho que vou ficar um bom tempo sem montar nada de teatro. Quero investir em roteiros próprios para o cinema. Tenho muito desejo de dirigir um filme meu", planeja.
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