Roberta Gualda comentga sobre sua vilã engraçada em Balacobaco

Por - 02/12/12 às 14:02

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias / TV Press

Roberta Gualda parece buscar uma versatilidade nos trabalhos que interpreta. Desde que ficou conhecida ao interpretar a recalcada Paulinha de Mulheres Apaixonadas, exibida pela Globo em 2003, ela já transitou entre o drama e a comédia. Agora, na pele da Dóris, em Balacobaco, da Record, a atriz encarna uma personagem que mistura humor e vilania. O resultado em cena é uma interpretação um pouco mais exagerada e caricata, justamente a proposta da trama de Gisele Joras.

"A ideia é fazer 15 tons acima. É ótimo porque fico transitando entre os gêneros", ressalta. 

Nas ruas, o que Roberta percebe é que as pessoas simpatizam com sua vilã às avessas. Dia desses, estava escutando música com fones no ouvido, distraída. Até que reparou em uma pessoa gesticulando bastante em sua direção e falando alto:

"Estou adorando!". "Tenho uma resposta muito positiva. As pessoas chegam para mim e falam das maluquinhas, sobre a Diva e a Dóris", conta, referindo-se ao papel de Bárbara Borges, que interpreta a irmã e parceira na vilania de sua personagem.

Na trama, as duas querem se vingar da mocinha, Isabel, de Juliana Silveira, desde um acidente de carro envolvendo todas elas no passado.

O Fuxico – A primeira vez que você interpretou uma personagem cômica do início ao fim de uma novela foi em "Bela, A Feia", escrita por Gisele Joras. Agora, também encarna um papel que explora bastante o humor em uma trama da mesma autora. De alguma forma, essa experiência anterior facilitou seu trabalho atual? 

Roberta Gualda – Não sei se facilita. Talvez sim porque você se sente mais confortável, se sente um pouco em casa, pois já conhece aquela autora e a autora já conhece você. Então, não tem muita surpresa nesse sentido. E a Gisele é muito aberta. Nós perguntamos: "E aí, Gi, está gostando?". Conversamos de vez em quando, um pouquinho. 
 

OF – A Dóris é uma vilã engraçada com ares de periguete. Onde buscou referências para entrelaçar tantos elementos?

RG – Busquei em vários lugares diferentes. Logo que o Edson Spinello (diretor-geral) me chamou, a gente fez uma prova de roupa. E pela prova de roupa já deu para eu entender em que praia que a Dóris andava. É uma coisa meio funqueira. E, a partir daí, fui atrás de inspirações de filmes, de atrizes. Tem umas atrizes das quais fui pegando um pouquinho de cada, de trabalhos diferentes. Uma delas foi a Edie Falco (do elenco de A Família Soprano). É uma atriz que admiro muito. Tentei rever um pouco dela porque a gente tem um jeito parecido, eu acho.

OF – Sua personagem transita entre o humor e a vilania. Como encontrar o equilíbrio entre esses dois gêneros, aparentemente, distantes?

RG – A Gisele faz isso muito bem no texto. Ela divide. E eu acho que é uma vilania que fica diferente, justamente por ser mais leve. Como tem tom de comédia, não é uma vilã "pesadona". Nesse sentido, talvez a Diva seja mais vilã do que a Dóris, que vai meio na onda da irmã. Mas a Dóris tem uma vida paralela com o namorado Zé Maria (Silvio Guindane) e pelo fato de querer ser atriz. Ela não é só vilã o tempo inteiro, tem esse outro ponto de interesse, que é muito grande. 

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